O dia da indústria cinematográfica do Brasil é celebrado em 19 de junho.
No dia 19 de junho de 1898, a bordo de um navio francês prestes a desembarcar no Rio de Janeiro, o cinegrafista italiano Affonso Segretto fez o primeiro registro de imagens em movimento do país. O filme, que recebeu o nome Uma Vista da Baía de Guanabara, não sobreviveu ao tempo. Em homenagem a ele, desde a década de 1970 comemora-se o dia do cinema brasileiro nesta data. Conheça 7 dos melhores filmes brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Críticos do Cinema (Abraccine):
Limite
O drama de Mário Peixoto foi lançado em 1931, mas até hoje permanece uma referência no audiovisual por sua linguagem vanguardista. É a história de duas mulheres e um homem que, em um pequeno barco à deriva, relembram seu passado recente. Sem mais força ou desejo de viver, eles param de remar e se conformam com a morte.
Deus e o Diabo na Terra do Sol
Glauber Rocha dirigiu o filme de 1964, que se tornou um marco do cinema novo. O movimento se opôs ao cinema tradicional brasileiro, que consistia principalmente em musicais, comédias e longas com estilo hollywoodiano, e deu ênfase na crítica social e no intelectualismo. A história acompanha a vida de um sertanejo e sua esposa em uma terra que parece ter sido esquecida por Deus.
Vidas Secas
Baseado no livro homônimo de Graciliano Ramos, que conta a trajetória de uma família de retirantes pressionada pela seca, o filme lançado em 1963 e dirigido por Nelson Pereira dos Santos é outra referência do cinema novo. Foi o único brasileiro indicado pelo Instituto de Filmes Britânico como uma das 360 obras fundamentais em uma cinemateca.
Cabra Marcado Para Morrer
O documentário de 1984, dirigido por Eduardo Coutinho, narra a vida de João Pedro Teixeira, um líder camponês da Paraíba que foi assassinado em 1962. As filmagens foram interrompidas durante a ditadura militar, quando parte da equipe foi presa acusada de comunismo, sendo retomadas quase 20 anos depois. Um dos narradores é Ferreira Gullar, um dos maiores autores brasileiros e membro da Academia Brasileira de Letras.
O Bandido da Luz Vermelha
O filme policial de 1968, de Rogério Sganzerla, foi inspirado nos crimes do assaltante João Acácio Pereira da Costa, conhecido como o “bandido da luz vermelha”. Sganzerla tinha somente 22 anos quando dirigiu o filme, considerado um clássico do cinema marginal, movimento do fim dos anos 1960 e início dos anos 1970 que pregava a contracultura e tinha relação com o tropicalismo.
Cidade de Deus
Dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund, o longa de 2002 é um paradigma do cinema brasileiro por ter sido o único a receber quatro indicações ao Oscar, nas categorias de direção, roteiro adaptado, edição e fotografia. O filme retrata o dia a dia e o surgimento do crime organizado na Cidade de Deus, uma favela que se tornou um dos lugares mais violentos do Rio de Janeiro nos anos 80.
O Pagador de Promessas
Único vencedor brasileiro da Palma de Ouro de Cannes até hoje, o drama de 1962 foi escrito e dirigido por Anselmo Duarte, baseado na peça homônima do dramaturgo Dias Gomes. É a história de Zé do Burro, um homem humilde que faz uma promessa em um terreiro de candomblé de carregar uma cruz para salvar seu burro, mas enfrenta a intransigência da Igreja ao tentar cumpri-la.
FONTE: REVISTA GALILEU