Sexo é, provavelmente, a prática mais antiga e universal do mundo, mas a maneira de fazê-lo – ou se abster dele – varia enormemente de país a país
Fonte: BBC
Desde o celibato até dançar com maçãs cuidadosamente colocadas nas axilas, cada cultura tem um ritual particular para o acasalamento.
O programa da BBC Crossing Continents reuniu alguns desses rituais particulares e inusitados:
1. Nativos havaianos dão apelidos a seus genitais
Tradicionalmente, os havaianos adoravam e davam nomes carinhosos a seus genitais.
Mas não parava por aí. Tanto a realeza quando os cidadãos comuns tinham seu mele ma’i – um cântico genital personalizado.
Estas odes líricas descreviam, em detalhes, as partes íntimas do indivíduo.
Segundo Milton Diamond, especialista no comportamento sexual das tribos havaianas pré-colonização, o cântico genital da rainha Lili’uokulani’s falava de “Travessa”, sua genitália “brincalhona, que sobe e desce”.
2. Os japoneses estão fazendo menos sexo
O Japão é um dos países com uma queda acentuada na taxa de natalidade nos últimos anos.
O uso da camisinha e da pílula anticoncepcional, o aborto e a incidência de doenças sexualmente transmissíveis também estão em declínio.
“A única explicação para isso é que o povo japonês está fazendo menos sexo”, diz Kunio Kitamura, o diretor da associação de planejamento familiar do Japão.
Um relatório recente mostrou que um número recorde de casais vivem relações sem sexo. Um terço dos homens dizem que estão cansados demais para sexo e um quarto das mulheres afirmam que sexo é incômodo.
Outra pesquisa, feita com pessoas de 18 a 34 anos, mostrou que a proporção de virgens aumentou muito na última década: quase 45% deles dizem nunca ter tido uma relação sexual.
3. Mulheres sul-coreanas não querem ter filhos
Em média, a mulher sul-coreana teria 1,05 filhos durante sua vida, mas o país precisa de uma taxa de natalidade de 2,1 nascimentos por mulher – o dobro da atual – para manter sua população estável.
Para tentar resolver a crise, o governo investiu bilhões em campanhas nas últimas décadas. Mesmo assim, o número de nascimentos continua caindo.
O aumento agudo dos preços de moradia e do custo de criar filhos podem estar por trás da crise, mas uma causa mais provável é o número altíssimo de horas de trabalho no país.
Já que a sociedade espera que as mulheres sejam as principais responsáveis pela crianças, ter um filho significa o sacrifício da carreira – ou trabalhar dobrado permanentemente. E as mulheres estão dizendo não.
4. A Rússia tem um Dia da Concepção
Uma região da Rússia criou uma maneira engenhosa de fazer com que a população decrescente volte a procriar.
O governador de Ulyanovsk, à leste de Moscou, declarou que 12 de setembro é o Dia da Concepção: um feriado no qual os casais são encorajados a ficar em casa apenas para produzir filhos.
Os casais que conseguirem ter um bebê nove meses depois desse dia ganham prêmios como geladeiras, máquinas de lavar e câmeras de vídeo.
5. No Brasil, homens Mehináku cortejam as mulheres com peixes
Nas aldeias do povo indígena Mehináku que vivem no sul do Parque Indígena do Xingu, as mulheres têm uma maneira simples de decidir entre seus pretendentes.
Os homens que estão competindo pelo coração de uma mulher devem trazer para ela um peixe fresco de presente.
Invariavelmente, o homem que pegou o maior peixe é bem-sucedido.
6. Mulheres austríacas oferecem maçãs sabor axila a seus admiradores
Na Áustria, as mulheres tradicionalmente frequentam um baile em que elas devem dançar com maçãs em suas axilas.
Depois de escolher os homens nos quais elas têm interesse, elas oferecem a eles um pedaço da fruta suada.
Se o homem também gostar dela, ele se dispõe a dar uma mordida na maçã. E não vale cuspir depois.
7. Na tribo Wayuu na Colômbia, as mulheres conquistam os homens com uma rasteira
Nessa comunidade, não saber dançar direito ajuda a conquistar uma pretendente.
Os homens e mulheres guajiro, da tribo colombiana Wayuu, participam de uma dança cerimonial especial, na qual as mulheres têm que fazer os homens tropeçarem.
Se elas conseguirem, o sexo está garantido.
8. Os dinamarqueses fazem filhos durante as férias
De acordo com uma pesquisa feita pela empresa de viagem Spies Travel, os dinamarqueses fazem 46% mais sexo durante as férias.
E não apenas isso. Cerca de 10% dos bebês da Dinamarca foram concebidos fora de casa, enquanto os pais estavam viajando.
Como prêmio, em 2014 a empresa ofereceu o equivalente a três anos de acessórios para bebês e uma viagem para fazer com crianças a todos os clientes que pudessem comprovar que tiveram seus filhos nas férias.
9. Gregos são os que mais fazem sexo
Segundo uma pesquisa global conduzida pela fabricante de preservativos Durex – feita com quase 30 mil pessoas com mais de 16 anos em 26 países – a Grécia é “o lugar para se estar”.
É, pelo menos, o país onde as pessoas fazem mais sexo: em média, cada pessoa tem 164 encontros sexuais por ano.
Talvez a sua herança cultural continue tendo um papel na sociedade atual. Os gregos antigos eram conhecidos por serem tolerantes, abertos e experimentais com a sua sexualidade.