Presidente da Colômbia associa governo eleito chileno ao fascismo e provoca reação formal da chancelaria de Santiago
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, classificou o presidente eleito do Chile, José Antonio Kast, como “nazista” e afirmou que sua vitória não representa a direita tradicional, mas a extrema-direita latino-americana, que, segundo ele, estaria ligada ao fascismo e a práticas genocidas. As declarações foram feitas nesta terça-feira (16/12), em publicação na rede social X.
Petro afirmou que “a extrema-direita na América Latina é, pura e simplesmente, fascismo” e acrescentou que seus integrantes seriam “nazistas, não apenas franquistas”. Segundo o colombiano, esse campo político utilizaria o medo e a mentira como método, em referência direta ao ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels.
As falas ampliaram a crise diplomática iniciada logo após a eleição chilena, no domingo (14/12). Na ocasião, Petro afirmou que os chilenos teriam “escolhido seu Pinochet”, em alusão ao ditador Augusto Pinochet, que governou o país entre 1973 e 1990.
A resposta do governo chileno foi imediata. O ministro das Relações Exteriores, Alberto Van Klaveren, informou que, por orientação do presidente do Chile, foi entregue uma nota de protesto ao embaixador da Colômbia em Santiago, classificando as declarações de Petro como “inaceitáveis”.
Na nova publicação, Petro compartilhou a imagem de um jornal com fotos de José Antonio Kast e do presidente da Argentina, Javier Milei, lado a lado. No texto, acusou a extrema-direita de plantar o medo, promover mentiras sistemáticas e manter vínculos com grupos criminosos para sustentar sua estratégia política.
Além das críticas ao Chile, Petro direcionou o discurso ao cenário interno colombiano. Segundo ele, “nazistas infiltraram-se nas facções mais conservadoras da direita colombiana” e, historicamente, esse domínio teria resultado em massacres e violência política no país.
O presidente colombiano encerrou a manifestação com um apelo contra a violência, afirmando que a Colômbia deve ser “para a vida e a beleza”, e não para a “morte em massa”. Até o momento, o presidente eleito do Chile, José Antonio Kast, não se pronunciou oficialmente sobre as declarações.
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