Aulas da rede pública do DF voltam nesta segunda (22). Veja como funcionará

Com alunos reclusos, a Secretaria de Educação investiu em três modalidades para garantir o aprendizado dos estudantes na quarentena

Fonte: Metrópoles, Victor Fuzeira

Após dois meses de paralisação e incertezas, estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal retomam, nesta segunda-feira (22/06), o ano letivo de 2020, que havia sido suspenso em função da pandemia do novo coronavírus.

No primeiro dia desta semana, a Secretaria de Educação do DF (SEE-DF) dá início ao programa Escola em Casa. Com 460 mil alunos reclusos como medida de controle ao avanço da Covid-19, a pasta investiu em três modalidades para garantir o aprendizado na quarentena: teleaulas, webaulas e por meio de apostilas impressas.

Vale lembrar que os alunos da rede pública de ensino não terão provas, como as tradicionais aplicadas presencialmente em sala de aula. As avaliações ocorrerão por meio de atividades e tarefas designadas pelos docentes. Elas devem ser apresentadas no período determinado pelos professores.

Nesta semana, as atividades ainda serão consideradas como “de acolhimento” aos docentes. A partir do próximo dia 29, a frequência será cobrada e as avaliações poderão começar.

O Metrópoles explica como será o ano letivo. Confira como vai funcionar cada modalidade:

Teleaulas

Nesta modalidade, as aulas serão transmitidas pela TV Justiça. A emissora de TV aberta não cobrará nada do Executivo local para reproduzir as atividades no canal.

A programação começa com três horas por dia. O conteúdo veiculado mais cedo, por volta das 9h, será para a educação infantil. A programação vai progredindo com o passar dos minutos até chegar ao ensino médio. O cronograma completo foi divulgado.

As teleaulas não vão substituir as presenciais ou contar na frequência dos estudantes. Elas servem para que os alunos não percam conteúdo nesta época de quarentena.

A Secretaria de Educação também fechou parceria com a TV Gênesis e a TV União, que vai exibir o conteúdo, mas ainda sem data marcada para o início das transmissões, e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que cede os estúdios para as gravações. A pasta tenta contratar uma quarta emissora.

Webaula

Os alunos da rede com disponibilidade de computador e internet terão aulas mediadas através da plataforma Google Sala de Aula.

A modalidade permite aferir a presença dos estudantes e a aplicação de avaliações. Os primeiros a testar o formato serão os estudantes do ensino médio, a partir desta segunda-feira (22/06).

Para fazer o uso da plataforma, é preciso registrar login no site. Um código usado no acesso e específico para cada estudante consta no boletim escolar do aluno. Em casos de problema com o cadastro, é preciso comunicar à Secretaria de Educação pelo telefone 156, opção 2.

Conteúdo impresso

Apesar de minoria, parte dos estudantes afirmou não ter acesso à internet nem televisão. Para esse grupo, a Secretaria de Educação informou que produzirá materiais didáticos impressos.

Caberá aos pais e responsáveis dos alunos irem à escola pública para coletarem o material. A data da devolução dos exercícios resolvidos será estabelecida pela própria instituição de ensino e professores.

Central de dúvidas

Nesta segunda-feira (22), a Secretaria de Educação também vai lançar a página do Escola em Casa DF, abrigada no site da pasta, para ajudar a esclarecer dúvidas dos estudantes e familiares. A página foi feita sobretudo para explicar aos estudantes as opções das aulas mediadas e responder às dúvidas frequentes.

Durante esta semana, a pasta mapeará os pontos positivos e negativos do ensino mediado. “É natural que um programa deste tamanho, feito em pouco mais de cem dias, apresente problemas. Por isso, vamos levantar informações que nos possibilite trabalhar rapidamente sobre soluções”, pontuou o assessor especial da Secretaria de Educação e coordenador do Escola em Casa, David Nogueira.

As unidades escolares terão apoio da secretaria para solucionar possíveis problemas, como a ausência dos alunos no ensino mediado. “As escolas devem reportar às coordenações regionais aqueles casos em que não conseguem ter nenhum contato com os estudantes para que possamos adotar as medidas necessárias”, esclareceu Nogueira. (Com informações da Agência Brasília)

Reprodução: BSB TIMES

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