Homenagens encerram a 5ª Semana Legislativa pela Mulher
Violência contra a mulher e representação política feminina pautaram discursos
A entrega de moções de louvor concluiu a 5ª Semana Legislativa pela Mulher da CLDF, nesta quarta-feira (5). Cada um dos 24 deputados da Câmara Legislativa homenageou três mulheres que se destacaram em diversos campos no DF, como educação, saúde, religião, política, administração pública, segurança, cultura entre outros.
Coordenada pela Escola do Legislativo do Distrito Federal (Elegis), a Semana realizou ações para fortalecer a representação social e política da mulher, bem como a equidade entre os gêneros. À frente da Elegis, Jane Marrocos comemorou que, após os trabalhos, constatou-se um caminho de avanços para as mulheres em diversas esferas. A programação extensa incluiu eventos abertos ao público, como palestras, mesas-redondas, oficinas e audiência pública.
Violência contra a mulher
“Temos que dar oportunidade para que a pauta feminina tenha destaque: a pauta feminina não é só violência”, destacou a deputada Paula Belmonte (Cidadania) ao abrir a cerimônia de encerramento. Sobre o tema, o deputado Rogério Morro da Cruz (PRD) fez um apelo: “Parem de matar nossas mulheres, chega de violência”!
A secretária de Estado da Mulher, Giselle Ferreira, informou que em março e abril de 2024 a Secretaria não registrou feminicídios no DF. Ela lembrou que Brasília foi a primeira unidade da federação a implementar um auxílio financeiro para órfãos do feminicídio. “A gente acha que está distante da gente, mas violência doméstica e feminicídio não escolhem classe social”, alertou.
Na sequência, o distrital Max Maciel (Psol) defendeu que “mulheres cis e trans têm direito de não conviver com nenhum tipo de violência”. Já Fábio Felix (Psol) denunciou que muitas das recomendações que constam no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do feminicídio, concluída em 2021, não foram implementados pelo Governo do Distrito Federal.
Representação na política
“O grau de participação feminina na política está muito associado ao grau de democracia no país”, comentou Dayse Amarilio (PSB). A parlamentar também lamentou que as mulheres ainda sejam sub-representadas na política nacional.
Destrinchando o assunto, o deputado Roosevelt (PL) contrapôs a realidade brasileira com a do México, onde metade do congresso é composto por mulheres. Além disso, no último domingo (2), o país elegeu a primeira mulher presidente, em uma disputa com duas candidatas à frente.
O pastor Daniel de Castro (PP), por sua vez, ressaltou que as mulheres têm pautado diversas leis da CLDF na legislatura em curso. Também na mesa do evento, Gabriel Magno (PT) pôs o próprio mandato “à disposição para lutar contra o machismo, o patriarcado, a LGBTfobia e o racismo que atinge mulheres”.
Martins Machado (Republicanos) e Pepa (PP) aproveitaram a oportunidade para refletir sobre a força da mulher, enquanto Chico Vigilante (PT) optou por apresentar a trajetória das congratuladas com moções.