No Brasil poucos conhecem a própria história, menos ainda a história dos soldados brasilerios que morreram na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. Mas na Suécia o pessoal parece saber.
O rock não aparece mais na mídia como antigamente, não é mais o baluarte da revolta e da inquietação da jucentude. Mas ele ainda vive. E um dos expoentes mais ativos é a banda suéca Sabaton.
Suas músicas falam exlcusivamente sobre um tema: a guerra. Nisso se depararam com a hisória de nossos pracinhas, e o resultado não foio outro – música.
A seguir reproduziemos a matéria do site RadieMetal sobre a música, no final estão os vídeos da música e de um mini-documetnário produzido pela própria banda para contar a história da músia.
Aproveite:
A HISTÓRIA POR TRÁS DA CANÇÃO #8: SABATON – SMOKING SNAKES
Olá caros headbangers, está começando mais um “A História Por Trás da Canção”, o quadro onde você conhece um pouco mais sobre as temáticas abordadas nas músicas que a gente tanto ama no Rock e Metal.
E hoje iremos mais uma vez abordar uma música com temática de guerra, porque afinal de contas, infelizmente, a humanidade é repleta de conflitos tanto em seu passado quanto em seu presente, e se tratando da banda que iremos abordar hoje, é praticamente impossível esse tema não ser citado.
Como vocês bem sabem, a banda sueca Sabaton é famosa por sempre abordar temática de guerra em suas letras, e sempre se utilizando da visão mais “romantizada”, falando de batalhas que marcaram a história da humanidade, e muitas vezes ressaltando os combatentes como heróis.
Com isso, era inevitável que mais cedo ou mais tarde eu fosse falar de alguma música deles aqui, pois as mesmas possuem várias referências históricas que vão da antiguidade até a era contemporânea. E certamente, no futuro o Sabaton voltará a ser mencionado por aqui.
Agora finalmente chegando ao ponto, em 2014 o Sabaton lançou o “Heroes”, seu sétimo álbum de estúdio, e nele há uma faixa que chamou a atenção principalmente dos brasileiros, sendo ela a “Smoking Snakes”.
Isso se deve ao fato deles falarem nessa música sobre uma história que por incrível que pareça, é muito pouco conhecida pelos próprios brasileiros, sendo essa a história dos “Três Heróis Brasileiros”, que no caso foram três soldados da FEB (Força Expedicionária Brasileira) que morreram após enfrentarem sozinhos um pelotão com mais de 100 soldados Nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Dando um breve resumo da história, em 1944, penúltimo ano da Segunda Guerra Mundial, o Brasil andou mais de 25 mil soldados para lutar do lado dos Aliados (Estados Unidos, Inglaterra, França e União Soviética) em missões expedicionárias na Itália, com o intuito de tirar o país do domínio fascista de Mussolini.
A história os Três Heróis Brasileiros ocorreu especificamente durante a batalha de Montese, onde em um momento, os três soldados da FEB foram surpreendidos por um batalhão Nazista com 100 homens.
Há várias versões sobre o como os três acabaram de encontro com os soldados Nazistas, alguns dizem que eles se perderam, outros que eles estavam fazendo rondas e outros dizem que eles fizeram isso para proteger o resto do batalhão. Enfim, independente de qualquer versão seja verdadeira, fato é que esses “pracinhas” (como eram chamado os soldados) de repente se encontraram nessa situação bem complicada.
Após serem avistados, os Nazistas mandaram os soldados se renderem, pedido esse que não foi atendido, iniciando-se assim o confronto, tendo os alemães ficado impressionados com a forma que os três brasileiros lutaram, fazendo parecer que eles estavam lidando com todo um batalhão.
Durante a troca de tiros, os brasileiros conseguiram mandar vários Nazistas para a vala, até chegar o momento em que os mesmo ficaram sem munição. Mas mesmo assim, eles não se renderam, e partiram para o corpo a corpo com os alemães, tendo sido mortos após esse ato de bravura.
E a parte mais curiosa dessa história é o fato que após o confronto, os próprios Nazistas deram um enterro digno aos soldados, os colocando em túmulos com três cruzes que tinham a frase “Três Heróis Brasileiros” escrita em alemão. E vale lembrar que estamos falando aqui de Nazistas, membros de uma das ideologias mais podres da história da humanidade, em um contexto de guerra. Ou seja, se os Nazistas, que eram quem eram, deram um enterro honroso do tipo para três inimigos, é porque certamente os caras deram bastante trabalho e levaram vários alemães com eles.
Os Três Heróis em questão foram identificados pelos nomes de Arlindo Lúcio da Silva, Geraldo Baeta da Cruz e Geraldo Rodrigues de Souza, todos oriundos do estado de Minas Gerais (há quem questione a identidade dos três soldados, mas não entrarei nesse mérito), após o fim da guerra o Exército Brasileiro localizou as três lápides e os encaminharam para serem sepultados em Pistóia, na Itália. Inclusive, existe um monumento em homenagem aos três heróis no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
Antes de encerrarmos, vamos voltar a música do Sabaton e explicar o porquê do título “Smoking Snakes”, que em português significa “Cobras Fumantes”. Bom, isso se deve ao fato de que quando Getúlio Vargas, presidente do Brasil na época, declarou guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), grande parte da população não levou muito a sério a participação brasileira na guerra pelo fato do país estar muito longe de ser uma potência bélica, tendo muitos falado que era mais fácil uma “cobra fumar” do que o Brasil lutar na guerra.
Por conta disso, de forma não oficial, o principal símbolo da FEB acabou sendo uma cobra fumando um cachimbo, tendo os soldados recebido o apelido de “cobras fumantes” (inclusive, aqui está a origem do termo “a cobra vai fumar”).
Inclusive, o refrão da música é cantado em português pelo vocalista Joakim Brodén (“Cobras fumantes, eterna é a sua vitória”).