Governador de São Paulo reage às críticas de partidos aliados e rejeita sair do Republicanos agora
FONTE: CNN BRASIL
Após entrevista do senador Ciro Nogueira à CNN, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), respondeu ao dirigente partidário sobre a continuidade de sua aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Ele [Ciro] pode ficar tranquilo que não há eventual racha. Sou leal ao presidente [Bolsonaro]”, disse Tarcísio à CNN.
Para o governador, a chance de não estar com Bolsonaro em 2026 é “zero”, apesar de o ex-presidente estar inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Não tem incômodo nenhum. Falei com ele ontem. Já falei com ele duas vezes hoje e tudo bem. É um grande amigo e a nossa sintonia é fina. Fujo dos holofotes”, respondeu Tarcísio, sobre rumores de que a relação com o ex-presidente estaria estremecida.
À CNN, o governador disse que chamará o dirigente do PP para conversar, assim como outros presidentes de siglas que se sentiram escanteadas por Tarcísio nas eleições municipais do estado.
“Eu acho que ele tem uma aproximação muito forte com o PSD – foi o grande partido que ele privilegiou nessas eleições. O PSD tem sérios problemas com Jair Bolsonaro, sérios problemas. Não vou aqui revelar intimidades do presidente Bolsonaro, mas o presidente Bolsonaro tem restrições absurdas ao PSD. Não sei como o Tarcísio vai enfrentar”, avaliou Nogueira à CNN anteriormente.
Fontes do União Brasil e do PL também reclamam, sob reserva, de que Tarcísio teria privilegiado a aliança com o PSD de Gilberto Kassab para eleger prefeitos em São Paulo e deixado de atender a pedidos dessas outras legendas parceiras.
“Não privilegiei partido nenhum. Entrei em poucas disputas. Ora apoiando o Republicanos, ora apoiando o União, como foi o caso de Olímpia, ora apoiando o PL, ora apoiando o Podemos, ora apoiando o próprio PP, como foi o caso de São Carlos. Mas o que fazer quando o PP está com o PT, como ocorreu em Barretos e São Sebastião?”, rebateu.
Filiação ao PL
À CNN, o governador também rejeitou a possibilidade de deixar o Republicanos.
“Não sei de onde surgem essas coisas. Por ora, não farei movimento algum”, respondeu.
A ida de Tarcísio ao PL estava sendo costurada desde o início do ano. O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, dava a mudança partidária como 90% certa, para depois das eleições municipais. Já, para Marcos Pereira, presidente do Republicanos, a sinalização dada pelo governador foi sempre de se manter filiado à sigla.