A Dissonância cognitiva

O conceito de dissonância cognitiva remete à necessidade, do indivíduo, de procurar coerência entre suas cognições (conhecimento, opiniões ou crenças).Por exemplo. uma pessoa que sabe que fumar, mesmo sabendo que faz mal a  saúde e  pare o seu bolso.

A dissonância ocorre quando existe uma incoerência entre as atitudes ou comportamentos que acredita serem certos e o que realmente é praticado.

Inicialmente desenvolvida por Leon Festinger (1957), professor da New School for Social Research de Nova York, a teoria da dissonância cognitiva sustenta que um indivíduo passa por um conflito no seu processo de tomada de decisão quando pelo menos dois elementos cognitivos não são coerentes. Em outras palavras, quando uma pessoa possui uma opinião ou um comportamento que não condiz com o que pensa de si, das suas opiniões ou comportamentos, ocorre uma dissonância.

Quando os elementos dissonantes são de igual relevância ou importantes para o indivíduo, o número de cognições inconsistentes determinará o tamanho da dissonância. A teoria da dissonância cognitiva criou um paradoxo, pois trata-se de um constructo emocional que leva a palavra “cognitivo” no nome. A a dissonância cognitiva inclui tanto elementos cognitivos como elementos emocionais:

Segundo Festinger, é um estado psicologicamente desconfortável, mas gerado por cognições inconsistentes”. Em síntese, a dissonância cognitiva é um construto cognitivo e emocional, que resulta em um estado de desconforto, angústia e/ou ansiedade causada quando há inconsistência entre as cognições. A magnitude da dissonância varia conforme a importância e discrepância entre as cognições. Uma vez que a dissonância cognitiva é disparada, o indivíduo irá acionar mecanismos psicológicos diversos para reduzir ou eliminar a dissonância.

Formas de eliminar a Dissonância

Quando ocorre uma dissonância o indivíduo entra em um conflito íntimo e esforça-se para estabelecer um estado de consonância ou consistência consigo e o ambiente em que está inserido. Para tentar diminuir ou eliminar a dissonância existem três formas:

3 Formas de Eliminar a Dissonância
1)Relação dissonante O indivíduo tenta substituir uma ou mais crenças, opiniões ou comportamentos que estejam envolvidos na dissonância.
2)Relação consonanteO indivíduo tenta adquirir novas informações ou crenças que irão aumentar a consonância.
3)Relação irrelevanteO indivíduo tenta esquecer ou reduzir a importância daquelas cognições que mantêm a situação de dissonância.

A dissonância pode resultar na tendência de confirmação, a negação de evidências e outros mecanismos de defesa do ego. Quanto mais enraizada nos comportamentos do indivíduo uma crença estiver geralmente mais forte será a reação de negar crenças opostas.

Em defesa ao ego, o humano é capaz de contrariar mesmo o nível básico da lógica, podendo negar evidências, criar falsas memórias, distorcer percepções, ignorar afirmações científicas e até mesmo desencadear uma perda de contato com a realidade (surto psicótico).

Consequências avessas x inconsistências

Durante a década de 1980,  a dissonância era causada por consequências aversivas, em vez de inconsistência. De acordo com essa interpretação, a crença de que mentir é errado e prejudicial, não a inconsistência entre cognições, é o que faz as pessoas se sentirem mal. Pesquisas subsequentes, no entanto, descobriram que as pessoas experimentam dissonância mesmo quando sentem que não fizeram nada de errado. Por exemplo, Harmon-Jones e colegas mostraram que as pessoas experimentam dissonância mesmo quando as consequências de suas declarações são benéficas — como quando convencem os alunos sexualmente ativos a usar preservativos, quando eles mesmos não estão usando preservativos.

FONTE: SAÚDE E VIDA

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