A misteriosa vida do homem mais depravado da história, o Marquês de Sade

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Donatien Alphonse François, o polêmico Marquês de Sade, nasceu em 1740 e suas condutas certamente deixariam de cabelo em pé até o mais moderninho dos indivíduos do mundo contemporâneo. Considerado uma das pessoas mais sexuais de todos os tempos, Marquês de Sade é lembrado também pela sua rebeldia – o termo “sadismo” foi criado graças a ele, por sinal.

Escritor, intelectual e amante do sexo, Marquês de Sade teve uma vida nada comum. Filho único, ele foi abandonado pelos pais quando ainda era criança e criado por um tio que tinha desvios sexuais semelhantes aos que ele mesmo desenvolveu ao longo da vida. Na verdade, quem cuidava do garoto Sade eram os empregados do tio, por isso se pode afirmar que ele cresceu sem muito afeto.

Ainda assim, todos os seus caprichos eram atendidos, e Sade cresceu sendo mimado e com um temperamento bastante peculiar. Aos 10 anos de idade, foi mandado para um colégio jesuíta em Paris – lá, era frequentemente humilhado e apanhava dos professores em frente aos outros alunos. Essa fase de sua vida acabou sendo citada em sua defesa, quando anos mais tarde precisou responder em Justiça por ter realizado atos perversos.

Desde cedo

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Os traumas de infância fizeram brotar em Sade um desejo cada vez maior pelas relações sexuais que envolvessem dor, violência e humilhação. Aos 15 anos, foi convocado a prestar serviço militar e ficou em treinamento por 20 meses até se tornar oficialmente um soldado francês.

Com bom rendimento no exército, Sade chegou a ser coronel e participou da Guerra dos Sete Anos, fato que contribuiu também para que ele se familiarizasse com a violência.

Após o fim da guerra, Sade se envolveu com a filha de um rico magistrado, que não aceitou o relacionamento dos dois e propôs que ele ficasse com sua filha mais velha. O novo casal acabou dando certo, e Sade se orgulhava ao dizer que a esposa também apreciava atos de sodomia – além, é claro, de afirmar sempre que a havia ensinado a gastar sua fortuna.

Crise conjugal

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Com o passar do tempo, no entanto, Sade ficou entediado em seu casamento e costumava pular a cerca, relacionando-se tanto com homens quanto com mulheres – não se sabe se sua esposa sabia disso ou não. O fato é que orgias eram mais do que comuns em seu castelo, e, quando sua cunhada foi morar com o casal, Sade acabou mantendo relações sexuais com ela também – a relação proibida foi responsável pelo fim de seu casamento.

Sade também fazia sexo com muitas prostitutas, e praticamente todas elas saíam da experiência assustadas – inclusive muitas iam à polícia denunciar os atos do Marquês. Nos relatos policiais, consta que ele usava chicotes, bengalas e cera quente como instrumentos de tortura, e, além disso, introduzia os mais diversos objetos por via vaginal e anal. A partir daí, esse comportamento só aumentaria.

Com o passar do tempo, ele se tornou ainda mais violento e não tinha prazer sexual sem causar algum tipo de sofrimento, sem ver sangue ou ouvir gritos de dor de seus parceiros. Com o aumento de denúncias a respeito de seu comportamento, Sade acabou indo a julgamento e sendo condenado à morte por “crimes não naturais”.

Fuga

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Após a sentença, Sade acabou fugindo para a Itália com um de seus empregados de confiança. Foi durante esse período que começou a escrever seus romances eróticos como “120 Dias de Sodoma” e “Os Infortúnios da Virtude”.

Depois de algum tempo, voltou para a França e ofereceu “trabalho” a uma moradora de rua que acabou aceitando a proposta e, assim que chegou no castelo de Sade, foi torturada, teve suas roupas rasgadas, as pernas amarradas aos pés e vários cortes feitos pelo corpo, sobre os quais Sade jogou cera quente enquanto a espancava. Depois de uma noite inteira de tortura, a jovem conseguiu escapar do castelo por uma janela.

Durante todo esse tempo, Sade contava com a ajuda de Latour, um criado que o ajudava a enganar prostitutas que, uma vez sob seu domínio, eram embriagadas com um afrodisíaco conhecido como Spanish Fly – Sade e Latour também mantinham relações sexuais.

A parceria dos dois não demorou em ser denunciada e, mais uma vez, eles foram condenados à morte por tentativa de homicídio e por sodomia. De novo, foram para a Itália. Eis que, diferente da última fuga, os dois dessa vez foram capturados e presos na França, mas conseguiram escapar depois de quatro meses de prisão.

Até o fim

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Após a fuga, ele conseguiu voltar para o seu castelo, milagrosamente, e, a partir daí, cada nova empregada contratada fugia assim que era abusada, o que não demorava nada para acontecer. Certa vez um homem, que era pai de uma das empregadas do castelo, foi tirar satisfações com Sade e, quando descobriu o que acontecia com a sua filha, tentou atirar contra o Marquês, mas a arma falhou e Sade saiu ileso, mais uma vez.

O escritor foi preso novamente devido a uma ordem de Napoleão Bonaparte, que ficou chocado com suas produções literárias – “Justine” e “Juliette” –, que retratavam cenas grotescas de orgias, estupros e outros crimes.

Após a longa trajetória cheia de escândalos, denúncias, condenações e depoimentos aterrorizantes das pessoas que estiveram sob seu domínio por algum motivo, Sade foi declarado insano pela própria família e passou o resto de seus dias em um sanatório, em uma solitária, sem ao menos seus materiais para a escrita.

O Marquês ainda conseguiu se envolver com uma adolescente de 14 anos, filha de um dos funcionários do estabelecimento onde estava confinado. Lá, ele permaneceu por quatro anos e morreu em 1814, aos 74 anos de idade.

Fonte: Megacurioso

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