Com 13 pedidos de impeachment do governador Wilson Lima, cresce pressão para que deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) aceitem a vontade popular
Por Redação
Manaus – No último domingo (21) diversos amazonenses ganharam as ruas de Manaus gritando pela saída do governador Wilson Lima. A carreata foi realizada para pressionar os deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) para aceitarem o pedido de impeachment do governador que já possui ao menos 13. O advogado Dr. Marco Vicenzo, autor de um dos pedidos de impeachment, chamou Wilson Lima de “satanás” e orou pelo Estado em cima do trio elétrico.
Fora Wilson
Na terceira manifestação em menos de uma semana contra o Governo do Amazonas, várias bandeiras do Estado do Amazonas enfeitaram as ruas da capital amazonense na manhã deste domingo durante a carreata que começou na praia da Ponta Negra na zona oeste e finalizou em frente da Assembleia Assembleia Legislativa do Estado (ALE) na zona centro-sul. Na manifestação estiveram presentes motoristas de aplicativos, mototaxistas, comerciantes e profissionais informais.
Autor do impeachment
Depois de acompanhar toda a manifestação que tem como lema #ForaWilsonLima, o advogado autor do impeachment, Dr Marco Vicenzo foi convidado para subir no trio e fez um discurso inflamado dizendo que protocolou um pedido de impeachment na ALE-AM. “Eu fui um dos primeiros a protocolar o impeachment quando estourou a crise do oxigênio em Manaus. O nosso pedido está com toda a fundamentação e traz tudo o que tem acontecido de ilícito no Governo do Amazonas. Isso se configura crime de responsabilidade, desde o ano passado até agora. O próximo passo se deve muito aos deputados e ao presidente Roberto Cidade que se mostrou bem intencionado em prosseguir com esse pedido. Já entreguei o pedido para o povo e agora entrego nas mãos de Deus. Wilson Lima, xô satanás”, disse. Ainda em frente a ALE, o advogado fez uma oração junto com os manifestantes.
Impeachment
Esta coluna já divulgou o pedido de impeachment entregue pelo advogado de Brasília (DF) que protocolou o documento no dia 18 de janeiro, onde citou todas as denúncias da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) baseadas na compra de respiradores superfaturados em uma loja de vinhos no bairro Vieiralves por quase R$ 3 milhões e também as mortes ocasionadas no início deste ano pela falta de oxigênio hospitalar. Ao menos 13 pedidos de impeachment tramitam na Casa Legislativa.
Crise de oxigênio
Durante a crise do oxigênio nos dias 14 e 15 de janeiro, centenas de amazonenses morreram pela falta do gás medicinal. “O resultado da gestão temerária por parte dos acima denunciados culminou em verdadeiro estado de barbárie no estado do Amazonas. Pacientes internados para tratamento da Covid-19 não puderam contar com o fornecimento de oxigênio, uma vez que não havia mais reserva dos cilindros no estado! Existem muitos relatos comoventes nas redes sociais que noticiam pacientes que pela falta de respiradores, foram submetidos à ventilação manual para evitar a morte por asfixia, o que por muitas vezes, infelizmente, foi inevitável”, explicou o advogado.
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BSB TIMES [+Info: Alex Braga/D24Am]