Agência Minas Gerais | Governo de Minas celebra reconhecimento de congados e reinados como Patrimônio Cultural Imaterial do estado


O Governo de Minas celebra um marco histórico para as culturas de congados e reinados do estado, já que, a partir deste sábado (3/8), a expressão cultural passou a ser reconhecida como Patrimônio Cultural de Minas Gerais.

O vice-governador de Minas, Professor Mateus, e o secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), Leônidas de Oliveira, acompanharam o resultado da iniciativa, realizada a partir de pesquisa e dossiê organizados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

O resultado é fruto de trabalho coletivo, apresentado e reconhecido por votação em reunião do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep). O conselho fez a deliberação do tema fundamental para a salvaguarda, preservação e promoção dessas tradições populares, acompanhada pela comunidade de congadeiros, com os cantos, tambores e indumentárias únicas.

Após a votação, o vice-governador e o secretário de Cultura e Turismo entregaram o certificado à Rainha Belinha, Rainha Conga do Estado Maior de Minas Gerais e da Guarda de Moçambique. Eles acompanharam os congadeiros em cortejo pela Praça da Liberdade até o Palácio da Liberdade, onde ergueram a bandeira de Nossa Senhora do Rosário.

“A presença dos congados na Alameda da Liberdade representa um pouco daquilo que queremos que seja o normal e o cotidiano, dos respeito à nossa cultura ancestral religiosa em Minas Gerais”, comemorou Professor Mateus.

 








 
 
  
  


Este trabalho da Secult-MG de resgate do senso de cultura, enquanto produção popular, foi elogiado pelo vice-governador de Minas. “Essa é a produção que representa a nossa sociedade. Não é uma crítica à cultura erudita, mas não é essa cultura erudita europeia que representa quem é o nosso povo mineiro”.

Durante a cerimônia, também foi exibida a bandeira de ferro fundido de Ouro Preto, que possui mais de 200 anos. Produzida com técnicas africanas, a bandeira foi encontrada na Capela de Nossa Senhora das Necessidades, em 2020.

Histórico

Desde 2021, o Iepha-MG trabalha na catalogação e pesquisa dessas expressões culturais para a produção do dossiê, e recebeu mais de 900 cadastros de guardas ou ternos de reinados e congados de Minas Gerais.

O dossiê produzido ressalta a importância histórica, social e cultural dos congados e reinados e define ações de salvaguarda para proteger essas tradições, garantindo que essa cultura se mantenha viva e valorizada em Minas Gerais. Esses passam a ser o décimo bem cultural imaterial reconhecido pelo Estado.

“Compete a cada um de nós preservar, dentro de nossas famílias, as tradições que nos foram ensinadas por aqueles que palmilharam a terra antes de nós. Quando esquecemos de onde viemos, é fácil não saber mais para onde estamos indo”, frisou Professor Mateus, ao lembrar o trabalho de transmissão de legado dos congadeiros.

 








 
 
  
  


O secretário de Cultura e Turismo de Minas enfatizou. “Todos vocês, mestres e mestras das congadas, mantêm acesa essa chama da fé na terra de Minas Gerais. A história e a eternidade que o patrimônio histórico tem, e uma declaração dessas, é para que essa tradição se perpetue”, concluiu Leônidas de Oliveira.

Festival

A celebração pelo reconhecimento das expressões como Patrimônio Cultural do estado integra o Primeiro Festival Cozinha das Afromineiridades, realizado até este sábado, no Palácio da Liberdade, com dezenas de atrações, em programação gratuita.

O evento reúne os cerca de 1,5 mil representantes de mais de 30 ternos de congados e reinados de todas as regiões de Minas Gerais.

A iniciativa é do Governo de Minas, por meio da Secult-MG e do Iepha-MG, com patrocínio da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

 

 



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