Por Tiago Lucero
Nesta quinta-feira, 22 de maio, o governo federal anunciou o aumento da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), de 1,88% para absurdos 3,95%. Um golpe direto no bolso de qualquer cidadão que financie, invista, produza ou simplesmente troque moeda. A escalada tributária promovida por Lula e seus aliados não é apenas um erro de gestão — é um atentado contínuo contra o futuro econômico do país.
Não é a primeira vez que pagamos pelos desmandos de um governo que opera à base do improviso, da demagogia e do populismo fiscal. A conta da gastança petista entre 2003 e 2016 ainda nos persegue — na dívida pública, nos juros altos, no desemprego estrutural. E agora, no terceiro mandato, assistimos à reedição de um filme trágico: mais impostos, mais gastos sem critério, mais medidas eleitoreiras disfarçadas de “justiça social”.
Veja o absurdo: isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 35 mil mensais — proposta aparentemente justa, mas sem cálculo de impacto, feita para manchete. Conta de luz “gratuita” para 40 milhões — bancada com um dinheiro que não existe, extraído da mesma base de sempre: quem trabalha, produz e paga imposto. Tudo isso enquanto a economia real é sufocada por tributos, burocracia e insegurança jurídica.
E há mais: segundo dados do próprio governo, quase 60% da população do Norte e Nordeste vive hoje de alguma forma de transferência de renda. Assistência social é necessária, sim — mas quando usada como muleta eleitoral, vira vício político e não solução. Em vez de emancipar, o assistencialismo viciado perpetua a dependência, enquanto desmobiliza qualquer esforço produtivo.
Quem paga essa conta? Nós. A geração que cresceu ouvindo promessas e amadureceu enfrentando crises. Somos os que perderam o direito à casa própria, à renda estável, ao futuro. Sabemos — com uma certeza cruel — que dificilmente superaremos o padrão de vida de nossos pais. E nossos filhos, ao que tudo indica, viverão ainda pior.
O aumento do IOF é especialmente grave porque tem efeito inflacionário imediato. Eleva o custo do crédito, dos financiamentos, das importações. É um imposto regressivo e desonesto: incide até sobre a simples conversão de moeda. O Estado brasileiro cobra tributo até quando o cidadão troca real por dólar para estudar, trabalhar ou viver fora. É o confisco do futuro, com recibo.
Até quando vamos suportar isso? O país aguenta mais uma década de populismo fiscal, de medidas improvisadas, de incompetência disfarçada de inclusão social? Lula arrastará também a próxima geração para o abismo, como fez com a nossa?
É preciso reagir. O Brasil precisa se libertar dessa engrenagem de destruição econômica, institucional e moral chamada PT. Lula não governa — ocupa o Estado como projeto pessoal, intoxicado por vaidade, cercado por conselheiros que confundem gestão com panfleto de diretório estudantil. Isso precisa acabar.
Ou reencontramos o rumo, arrancamos esse projeto nefasto do Estado — ou seremos empurrados, à força, para um precipício histórico do qual talvez não consigamos voltar.