Aprovado projeto que assegura participação popular no Orçamento — Senado Notícias


A participação popular pode passar a ser garantida nas decisões de planejamento orçamentário. A regra está no PLP 201/2019, do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), aprovado nesta terça-feira, por 54 votos a 2, pelo Senado. O projeto segue para a Câmara dos Deputados.

A proposta altera a Lei de Responsabilidade Fiscal para garantir a participação popular e a realização de audiências públicas durante os processos de elaboração dos planos, leis de diretrizes orçamentárias e leis orçamentárias. Atualmente, a lei prevê somente o incentivo ao envolvimento da população em prol da transparência na gestão fiscal.

O texto aprovado foi uma versão alternativa sugerida pela relatora, senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO). O substitutivo estabelece que os entes federativos garantam mecanismos para viabilizar a participação popular.

Para o autor do projeto, envolver a população no planejamento orçamentário público é fundamental para o aperfeiçoamento da administração governamental. De acordo com Alessandro, o planejamento orçamentário se reflete na vida cotidiana das pessoas, como, por exemplo, em postos de saúde, asfalto e outros serviços públicos.

— É um projeto singelo, mas que garante a participação popular nas peças orçamentárias. Nós precisamos garantir que o cidadão compreenda, de uma vez por todas, que o dinheiro é do povo, não é do político, e que essa participação vai garantir transparência e qualidade na decisão do gasto e na sua fiscalização — disse o senador ao pedir a aprovação do texto em Plenário.  

Avanço

Para a relatora, as experiências de participação popular foram um grande avanço político na democratização do Brasil. De acordo com ela, a participação popular na elaboração dos orçamentos é fundamental para a construção de um Estado justo e transparente. 

— Nós avançamos em termos de país com essa oportunidade de um bom debate e de ouvir as diferentes posições — disse a relatora.

Dorinha excluiu do texto a previsão de sanção administrativa, em caso de desrespeito à lei, que seria aplicada pelo tribunal de contas do ente federativo. Para ela, a determinação é redundante, já que a fiscalização por parte dos tribunais de contas já é prevista pela Constituição.

O projeto foi elogiado pelo líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), que destacou o trabalho da relatora na busca por um entendimento.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)



Source link

website average bounce rate

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui