Resolução de crimes de forma mais rápida, investigações mais eficientes e aprimoramento da cooperação entre as polícias científicas das 27 unidades federativas do país. Esses são resultados expressivos do Banco Nacional de Perfis Balísticos e do Sistema Nacional de Análise Balística (SINAB), criado em 2021 pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Esses sistemas foram desenvolvidos como soluções inovadoras para consolidar e integrar os laudos de microcomparação balística produzidos diariamente pelas forças de segurança pública em todo o Brasil. O BNPB tem por objetivo subsidiar ações destinadas a apurações criminais federais, estaduais e distritais através do cadastramento de dados e registros balísticos de elementos de munição deflagrados por armas de fogo relacionadas a crimes.
Para tanto, cada Estado recebeu um conjunto de equipamentos do sistema IBIS (Integrated Ballístic Identification System), composto por dois scanners (um para projéteis e outro para cápsulas/estojos) e um computador (chamado Match Point), responsável pelas microcomparações balísticas.
Operando no Distrito Federal desde setembro/2023, a partir do Laboratório de Balística Forense do Instituto de Criminalística (LBF/IC/PCDF), o BNPB conta atualmente com quase 700 amostras no sistema. “O Banco Nacional de Perfis Balísticos é a única forma pela qual as polícias civis de todo o país conseguem fazer conexões interestaduais de crimes”, explica a perita Ana Carolina Bertollo, chefe do Laboratório de Balística Forense da PCDF.
Aos poucos, cada unidade de sistema IBIS está sendo entregue ao órgão de criminalística responsável nos Estados. A contrapartida para o recebimento do sistema automatizado de análise balística é o cumprimento das obrigações estabelecidas no acordo de cooperação técnica, que requerem que os elementos balísticos oriundos de determinados eventos criminais, como homicídios, latrocínios, feminicídios, roubos etc., sejam inseridos no banco nacional.
“Recentemente, tivemos notícia de uma quadrilha de assalto a bancos no Pará, que posteriormente cometeu crimes no Mato Grosso. Tal descoberta foi possível a partir das análises de microcomparação balística realizadas em ambos Estados”, revelou a perita Bertollo.
Com o estabelecimento do BNPB e o crescimento da inserção de elementos balísticos por diferentes órgãos de criminalística, aumenta progressivamente a chance de que crimes cometidos em diferentes unidades da federação com uma mesma arma de fogo sejam identificados e as respectivas investigações policiais possam ser comunicadas a esse respeito. Desde o estabelecimento do SINAB, já foram identificadas 1.593 ligações confirmadas e, destas, 23 envolviam crimes interestaduais, enquanto os demais eram locais.
Assessoria de Comunicação – Ascom/DGPC
PCDF, excelência na investigação