Biblioteca Nacional de Brasília promove último aulão de redação, do ano, para idosos – SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA


 

 

 

Virgínia Klein, aluna do “aulão 60mais”, ao lado do seu marido, Marco Aurélio, e sua neta, Cecília.

 

A Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) vai promover um aulão de redação para o público idoso que busca uma vaga de graduação na Universidade de Brasília (UnB) dentro do edital “60mais”. O encontro gratuito será no auditório da BNB nesta quinta feira (28) das 14h30 às 17h30. São 110 lugares e as inscrições podem ser feitas pelo link que está disponível na página oficial do Instragram da BNB.  “Ficamos muito felizes em poder realizar a terceira edição desse projeto importante e que traz tanto retorno positivo. A inclusão social dos idosos por meio da educação é uma política que deve ser mantida e ampliada”, diz o Subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Felipe Ramón.

Desta vez quem assumirá a aula é a professora Paula Monteiro, formada em Letras na UnB. Começou como docente em redação por mais de 10 anos até abrir um curso preparatório próprio: “a gente vai trabalhar a estrutura da redação como um todo, dicas bem práticas de como fazer o texto. E também vamos trabalhar aspectos que trazem dúvidas, como, por exemplo, se tem parágrafo, se não tem parágrafo”, adianta ela.

Aprovadas

 

Cristiane Delgado de Carvalho Silva, 65, casada, com duas filhas e um neto, está cursando Ciência Política, na vaga que obteve ao tirar 9,83 na redação. Ela participou do aulão dado na BNB em junho como aluna de Joana.

“Já tive oportunidade de agradecer à Professora Joana, servidora da BNB. A aula que ela ministrou foi fundamental para o meu sucesso. Como estava afastada há muito tempo dos bancos universitários, desconhecia algumas orientações específicas para a prova na UnB. Recomendo fortemente que os candidatos façam o próximo aulão”.

Graça Pimentel (mais de 60, mas não revela) também esteve no aulão e obteve uma vaga no curso de Gestão Ambiental. Ela destaca como está sendo a experiência de voltar à sala de aula: “é legal perceber é o quanto a vivência da gente e a nossa experiência agregam valor nessa troca de saberes. É bem interessante essa convivência com os mais jovens”.

Outra aprovada, também mulher, Veronica de Marino Alves, 60, solteira, natural do Rio, sem filhos, formada em Economia pela UnB, realizou um sonho antigo de começar o curso de Letras e Literatura Francesa, com a marca de 9,8 na redação.

“No aulão aprendi como deveria ser a estrutura da redação. Depois fiz umas duas ou três redações para treinar, usando temas do Enem. O mais difícil foi conseguir escrever em apenas 30 linhas”, revela.

Apesar de reclamar de ter de acordar cedo para comparecer às primeiras aulas da manhã, classifica a experiência de “muito divertida”. “Além de conhecer gente nova, me traz boas recordações de quando estudei na Unb e ao mesmo tempo vivencio novidades na forma de ensinar dos professores e no comportamento dos alunos”.

Virgínia Marques Klein, casada, dois filhos já professores, também natural do Rio, estava aposentada e resolveu voltar a estudar: “eu passei para o curso de música, que eu fiz durante um tempo e queria completar a graduação”.

Ela obteve vaga com a nota 85. Sobre o aulão, disse que “foi fantástico. Com o tempo a gente vai perdendo essas regras da redação, né? Então ajuda um bocado para estruturar ideia, colocar no papel as ideias. Eu me formei em publicidade, mas a redação em publicidade é bem diferente”.

Sobre a rotina puxada, ela dá seu testemunho: “não me arrependo nem um minuto, têm sido dias puxados de estudo e de reorganização da agenda. Eu tenho uma neta maravilhosa que eu não abandono de jeito nenhum, nem os filhos, né? Então a gente tem que dividir e organizar a vida pessoal para também ela não perder qualidade”.

Serviço

Evento: Oficina de redação para o edital “60 mais”

Local: Auditório da Biblioteca Nacional de Brasília

Quando: 28/11, quinta-feira.

Horário:  14h às 17h.

Inscrições pelo  Instagram oficial da BNB: @bibliotecanacionaldebrasilia

 

 

 

 

 

 

 

 



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