Braga Netto volta a pedir dobro do prazo para responder denúncia

Pedido foi apresentado ao STF na manhã desta quinta e será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes. O general é denunciado pela PGR

FONTE: METROPOLES

A defesa do general do Exército Braga Netto pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mais tempo para responder a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Braga Netto tem até sexta-feira (7/3), mas requereu prazo em dobro ao STF. Anteriormente, o general havia feito o mesmo pedido, então negado por Moraes.

Os advogados do general justificam o pedido de prazo em dobro para a apresentação da resposta, alegando que ainda não tiveram acesso integral às investigações. Segundo a defesa, a petição que tramita no Supremo contém documentos de apreensões que não estão disponíveis para consulta.

Outros elementos, como a perícia em celulares, computadores, HDs e pen-drives apreendidos em uma operação da Polícia Federal, em fevereiro do ano passado, também não teriam sido plenamente acessados. A defesa informa que, até o momento, foi conferido acesso apenas aos aparelhos de três investigados, periciados antes mesmo da distribuição dos autos e, possivelmente, em outro procedimento.

“A bem da verdade, nem sequer foi fornecido a esta defesa o espelhamento dos aparelhos apreendidos nos endereços do próprio general Braga Netto, que é evidentemente essencial para o devido exercício do direito de defesa”, argumentam os advogados.

Delação de Cid

Os advogados de Braga Netto também sustentam que ainda não tiveram acesso integral à delação de Mauro Cid; por isso, defendem que o prazo em dobro deve ser contado a partir da data em que for certificado o acesso completo “à integralidade dos elementos produzidos em todos os procedimentos que compõem a presente investigação”.

No pedido desta quinta, a defesa solicita, ainda, que o general apresente a resposta do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo.

“Assim, os números mostram que deve ser concedido prazo em dobro para a apresentação da resposta escrita, sob pena de simplesmente se inviabilizar o efetivo exercício do direito de defesa nesta fase de avaliação da viabilidade da denúncia por esta Corte”, argumentam os advogados, citando reportagens que indicam a existência de mais de 255 milhões de mensagens de áudio e vídeo apreendidas pela PF ao longo das investigações.

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