Novo formato permite participação em fóruns multilaterais, mas com poder limitado nas decisões do grupo.
Na cúpula realizada em Kazan, Rússia, nesta quarta-feira (23), o grupo dos Brics confirmou o convite a 13 países para se juntarem ao bloco como Estados Parceiros. As nações, incluindo Turquia, Indonésia, Argélia e Nigéria, agora deverão formalizar sua aceitação para iniciar o processo de adesão.
Essa categoria de parceria concede aos novos integrantes o direito de participação em fóruns multilaterais, embora as decisões finais continuem sendo dos membros plenos: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A inclusão da Turquia e Indonésia, no entanto, pode gerar controvérsias devido ao peso político desses países no cenário global.
O convite reflete a estratégia dos Brics de ampliar sua influência e buscar alternativas ao sistema financeiro internacional, dominado pelo dólar. Entre os temas centrais discutidos na cúpula está a criação de um novo sistema de pagamentos internacionais, o que beneficiaria economias como a da Rússia, que enfrenta sanções.
Além das questões econômicas, os Brics discutiram um plano sino-brasileiro para encerrar a guerra na Ucrânia, que sugere uma negociação direta entre Moscou e Kiev. A proposta, contudo, enfrenta resistência de aliados ocidentais da Ucrânia.