Ministério da Saúde lidera ocorrências
A Controladoria-Geral da União (CGU) revelou um aumento considerável no número de denúncias de corrupção no governo federal. Com um total de 1.412 registros até o dia 13 de dezembro deste ano, a média indica aproximadamente quatro queixas diárias, marcando um acréscimo de 31,7% em comparação ao ano passado, porém, uma redução se comparado ao ano de 2020, que registrou 1.918 suspeitas.
O Ministério da Saúde lidera as ocorrências, acumulando 140 manifestações, evidenciando um cenário de preocupação no âmbito da pasta comandada por Nísia Trindade. Em 2022, o mesmo ministério já havia se destacado com o maior número de acusações dessa natureza.
Os registros, encaminhados para a CGU por meio de um sistema específico, são direcionados para investigação pelos próprios órgãos envolvidos. Entre os mais reportados em anos anteriores, destacam-se a CGU, seguida pelo Ministério da Justiça, Banco Central e, em seguida, o Ministério da Saúde.
O aumento no número de denúncias coincidiu com o primeiro ano da pandemia de Covid-19, em 2020, que foi o período com o maior volume de manifestações de corrupção no governo federal. Esse cenário levou à abertura de uma CPI no Senado em 2021, a qual investigou não apenas as ações e omissões do governo durante a pandemia, mas também suspeitas de corrupção.
Recentemente, a CGU e a Polícia Federal anunciaram a criação de um grupo destinado a combater a corrupção e desvios de recursos no governo federal. A parceria visa aprimorar a capacidade de detecção de ilícitos e fortalecer estratégias conjuntas para enfrentar desvios, com o intuito de ampliar investigações para crimes correlatos, como lavagem de dinheiro.
