🌊 Gases encontrados em K2-18 b indicam possível existência de vida microbiana em “mundo oceânico”
Pesquisadores anunciaram a mais forte evidência até hoje da possível existência de vida em um exoplaneta, ao detectar na atmosfera do planeta K2-18 b dois gases que, na Terra, só são produzidos por organismos vivos.
Os compostos — sulfeto de dimetila (DMS) e dissulfeto de dimetila (DMDS) — foram identificados por meio de observações do Telescópio Espacial James Webb, e são bioassinaturas típicas de organismos como fitoplâncton marinho.
🧬 “Estamos falando de vida microbiana, possivelmente como a que vemos nos oceanos da Terra”, disse o astrofísico Nikku Madhusudhan, da Universidade de Cambridge, principal autor do estudo.
Embora o achado seja animador, os cientistas não afirmam ter encontrado vida, mas sim indícios fortes de um processo biológico. A confirmação exigirá análises mais profundas e observações adicionais.
🔭 K2-18 b: um exoplaneta promissor na “zona habitável”
O planeta K2-18 b tem 8,6 vezes a massa da Terra e um diâmetro 2,6 vezes maior.
Está localizado a 124 anos-luz da Terra, na constelação de Leão.
Ele orbita uma estrela anã vermelha, em uma região conhecida como zona habitável, onde a água líquida pode existir.
As concentrações dos gases detectados são milhares de vezes superiores às observadas na atmosfera terrestre. Isso descarta explicações geológicas ou químicas conhecidas e reforça a hipótese de atividade biológica.
📊 O nível de confiança da detecção é de 99,7%, segundo os cientistas, embora ainda exista uma margem de erro estatística (0,3%).
🌌 “Entramos na era da astrobiologia observacional”
O achado marca uma nova etapa na exploração espacial, segundo os pesquisadores.
🗣️ “Este é um momento transformador na busca por vida além do sistema solar. Entramos na era da astrobiologia observacional”, afirmou Madhusudhan.
Cientistas independentes também celebraram a descoberta, mas pedem cautela e análises adicionais para confirmar os dados e suas interpretações.
🧪 “Devemos ter muito cuidado para testar os dados da forma mais completa possível”, disse Christopher Glein, da Divisão de Ciências Espaciais do Southwest Research Institute (EUA).
A busca por vida em outros mundos segue como uma das fronteiras mais fascinantes da ciência moderna, e K2-18 b pode se tornar um marco nesse caminho.