Deputada foi arrolada no inquérito das “fake News” de Alexandre de Moraes e é ferrenha defensora de que se investigue a atuação dos ministros
Por Hélio Rosa, para o BSB Times
Os Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) já teriam se movimentado encaminhando seu descontentamento ao governo e expoentes do Congresso onde se manifestam no sentido de que a possível indicação da deputada Bia Kicis (PSL-DF) à presidência da CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) seria uma declaração de guerra.
Segundo informações do canal CNN, magistrados conversaram com ministros e parlamentares para deixar clara sua insatisfação com a indicação à principal comissão da Câmara à Bia Kicis.
Eles lembram que Kicis em vários momentos afrontou o Supremo, inclusive como quando defendeu que os militares intervissem para fechar a corte. Também ela pediu o impeachment de Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, chegando a xingar o ministro Celso de Mello de “juiz de merda”.
É dela também a proposta de emenda à Constituição para antecipar a aposentadoria dos integrantes da corte para 70 anos, o que abriria a possibilidade de Bolsonaro indicar mais nomes ao tribunal aantes do fim de seu mandato.
Não por menos o STF se movimentou a incluindo no inquérito das supostas “fake News”, que supostamente apura ataques e ofensas a ministros do Supremo.
A reação também ocorre dentro da Câmara, onde deputados temendo represálias do STF se opõe a indicação da deputada. Até mesmo aliados disseram que a indicação de Kicis não será aceita facilmente pelos pares.