Combate ao Aedes aegypti deve ser intensificado nas férias


O período de férias chegou e com ele a rotina de viagens fica mais frequente. Contudo, a alegria pode se transformar em frustração se não houver preocupação com a saúde e, especialmente, com focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue.

Em 2024, o estado registrou mais de 300 mil casos confirmados da doença, um aumento de 264% em comparação com o ano anterior. Foram 417 óbitos confirmados; outros 56 estão em investigação.

Além da dengue, outras arboviroses, como a chikungunya e a zika, também são transmitidas pelo Aedes aegypti, o que reforça a necessidade de conter os focos de água parada também durante o período festivo.

“Com o final de ano e a retomada do período chuvoso em Goiás, os cuidados precisam ser redobrados em relação às doenças que são transmitidas pelo Aedes aegypti”, comenta o coordenador de Dengue, Chikungunya e Zika da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Murilo do Carmo.

Ele aponta que o aumento é causado principalmente pela circulação intensa do sorotipo 2 da dengue, que é mais virulento e causa um aumento significativo no número de casos graves e óbitos.

O coordenador lembra que o Governo de Goiás, no momento mais crítico da emergência sanitária, criou um gabinete de crise para monitorar, em parceria com os municípios, a evolução dos casos de dengue em Goiás. Na ocasião, o gabinete coordenou as ações em todo o território goiano e garantiu que os recursos fossem direcionados de maneira eficaz aos locais mais afetados.

O cenário epidemiológico em Goiás também é preocupante para a chikungunya, que registrou aumento de mais de 200% de casos em 2024, em relação a 2023. Foram 14.388 casos confirmados, com 17 óbitos registrados. Essa é também uma doença grave, que costuma deixar sequelas diversas nas pessoas acometidas, muitas delas, incapacitantes.

Cuidados

Por isso, a SES-GO alerta que é preciso associar o momento de descanso nas férias aos cuidados como manter a limpeza periódica dos quintais, eliminando qualquer tipo de objeto, vasilha ou utensílio que acumule água parada, principalmente, enquanto os imóveis estiverem fechados, durante as viagens.

Antes de sair de casa, é fundamental deixar vedados ralos, caixa d’água e vasos sanitários – estes últimos devem receber desinfetante.

Os reservatórios de água da geladeira e do ar-condicionado também precisam ser esvaziados, assim como os pratinhos de plantas. Quem tem piscina deve realizar a limpeza correta com adição de cloro, além de cobri-la com lona quando estiver sem em uso.

Também é necessário fazer uma varredura em toda a casa para eliminar qualquer local de criadouro, evitando assim a proliferação do Aedes aegypti.

Se a viagem for para locais com muita vegetação, como acampamento ou trilhas, é fundamental o uso de repelente, que deve ser reaplicado periodicamente. Além disso, é importante levar documentos de identificação pessoal, como RG ou CPF e, ainda, a carteira de vacinação, caso seja necessário procurar atendimento médico.

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