Operação Mosaico revela planejamento de execuções contra traidores da facção no DF
Investigadores da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) descrevem a “lista da morte” como um instrumento interno do Primeiro Comando da Capital (PCC) para marcar integrantes ou ex-integrantes considerados traidores, conhecidos como “decretados”.
No Distrito Federal, a estrutura entrou em funcionamento nos últimos meses, com indícios de que ao menos um homicídio foi motivado pela inclusão na lista.
O caso mais emblemático ocorreu em setembro de 2024, em Planaltina, quando um homem apontado como “decretado” foi executado após tentar trair os interesses da facção.
As investigações revelam que a atuação do PCC no DF extrapolou o tráfico de drogas e alcançou gestão criminosa organizada, com violência planejada, registrada e executada como procedimento interno.
A lista funciona como mecanismo para identificar, localizar e eliminar traidores, indisciplinados ou inimigos internos, após decisão coletiva.
O PCC opera com divisão clara de tarefas e hierarquia rígida, incluindo núcleos como o grupo da “disciplina”, responsável por vigiar, orientar e cobrar integrantes de baixa hierarquia em liberdade.
Entre as atribuições do grupo estavam:
- Controle de caixinhas, rifas e arrecadações para sustentar a facção;
- Repasse e logística de drogas;
- Levantamento de recursos para compra de armas;
- Monitoramento de comportamento e lealdade dos integrantes.
A facção mantinha rede de comunicação via grupos de WhatsApp, onde responsáveis monitoravam movimentação policial, repassavam instruções de segurança, organizavam ações contra rivais e controlavam integrantes soltos e presos.
A estrutura foi desarticulada pela Operação Mosaico, deflagrada em 18 de dezembro, com 17 mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão em regiões como Ceilândia, Taguatinga, Planaltina, Samambaia, Santa Maria, Gama, Paranoá, Estrutural e cidades do Entorno goiano.
Mais de 100 policiais participaram, envolvendo Polícia Civil e Militar do DF, Secretaria Nacional de Políticas Penais, Secretaria de Administração Penitenciária e apoio aéreo.
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