Conflito entre deputadas sobre ‘inquérito do fim do mundo’: debate acalorado sobre a legalidade e constitucionalidade

Deputadas se confrontam sobre a legalidade e o uso político do ‘inquérito do fim do mundo’ liderado pelo ministro Alexandre de Moraes

Durante uma sessão plenária na Câmara dos Deputados, a deputada Fernanda Melchionna, do PSOL, gerou um conflito ao tentar responder alegações feitas pela deputada Caroline de Toni sobre o “inquérito do fim do mundo”, um dos inquéritos políticos liderados pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com Caroline de Toni do PL, a determinação de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro dentro do inquérito “do fim do mundo” foi absurda, e a comunidade jurídica tem falhado em denunciar o abuso de poder por parte do ministro Alexandre de Moraes.
Fernanda Melchionna pediu a palavra e admitiu que seu partido participa ativamente do inquérito “do fim do mundo” e o utiliza para perseguir politicamente indivíduos de extrema direita. Ela reiterou a narrativa do suposto “gabinete do ódio” e comemorou a prisão do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em resposta, Caroline de Toni destacou que a expressão “inquérito do fim do mundo” foi cunhada pelo ministro aposentado do STF, Marco Aurélio Mello, que criticou o inquérito e chamou o ministro Alexandre de Moraes de “xerife”.
Caroline de Toni salientou que o inquérito não investiga crimes e é um “guarda-chuva” onde o ministro inclui o que quiser. Ela afirmou que é uma “aberração jurídica que fere todas as cláusulas pétreas da constituição” e que a comunidade jurídica deveria envergonhar-se por não denunciar a situação. Caroline de Toni acrescentou que é obrigação dos parlamentares insurgir-se contra isso.

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