Covid-19: hospital da USP examina 28 suspeitos de reinfecção

O portal G1 noticiou na manhã desta quarta-feira (16) que o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) investiga 28 casos de pacientes com suspeita de terem se reinfectado pela covid-19. Dezesseis casos são investigados pelo Hospital das Clínicas (HC) na capital paulista e outros 12, pelo HC de Ribeirão Preto.

O que chama a atenção, segundo os médicos do hospital, é o período relativamente curto — um intervalo de 2 a 4 meses —, verificado entre a primeira e a suposta segunda infecção.

O que dizem os patologistas?

Como nem sempre é possível sequenciar geneticamente o vírus, os profissionais dos hospitais paulistas têm analisado o nível de anticorpos presentes no sangue dos pacientes suspeitos. Essas glicoproteínas tendem a apresentar queda após curas das viroses. Por outro lado, se os anticorpos voltam a aumentar, isso é um sinal de reinfecção.

O coordenador do laboratório de reinfecção do HC da capital, Max Igor Lopes, afirmou ao G1 que “encontrar o vírus, ter sintoma característico do vírus e uma resposta de anticorpos, de aumento de anticorpos, também é um sinal importante de que possa estar tendo infecção, e isso a gente tem encontrado em alguns casos”.

Fonte: Vincent Kalut/Getty Images/ReproduçãoFonte: Vincent Kalut/Getty Images/Reprodução

Implicações para a vacina

Sobre os pacientes com suspeita de reinfecção, Max revelou que todos voltaram a ter muitos “sintomas da segunda vez. Por exemplo: alguns tiveram na primeira vez uma febre, um mal-estar leve; na segunda, perderam de forma muito intensa o olfato, o paladar. Outros tiveram bastante falta de ar e têm exame radiográfico mostrando infiltrado pulmonar”.

Os exames também revelaram que em 70% dos possíveis casos de reinfecção os sintomas mostraram-se mais fortes.

Para o coordenador do ambulatório de reinfecção, a realização de testes é importante para conhecer o comportamento do vírus. Os resultados serão vitais para entender se as pessoas que tomarem a futura vacina contra a doença correm o risco de nova infecção.

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