A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro iniciará seus trabalhos nesta terça-feira (13), a partir das 9h, analisando um total de 285 requerimentos.
Por Rogério Cirino
Entre os pedidos estão a convocação de autoridades e o acesso aos circuitos internos dos prédios públicos atacados por criminosos em Brasília.
Os requerimentos a serem votados incluem solicitações de informações e relatórios à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a convocação de várias personalidades, como o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), os ex-ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e Gonçalves Dias, e o ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto.
Em relação à Abin, há um pedido para que o órgão reclassifique como públicos os relatórios de inteligência produzidos desde dezembro de 2022, contendo alertas e análises dos riscos dos ataques aos prédios públicos. Além disso, é solicitado o acesso às imagens de todas as câmeras do circuito interno dos prédios do Ministério da Justiça, do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto.
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A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirma que os depoimentos e análises de provas podem revelar novas conexões entre os fatos. Ela também mencionou que a convocação de Jair Bolsonaro será decidida à medida que as investigações avançarem.
A oposição apresentou um requerimento para acessar todos os inquéritos relacionados aos indivíduos que atacaram os prédios públicos, mas o presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), retirou o pedido da pauta. Maia afirmou que se reunirá com o ministro Alexandre de Moraes, relator dos casos no STF, para discutir o assunto, considerando que alguns documentos estão sob sigilo de Justiça.
O presidente da CPMI destacou que esses requerimentos fornecerão subsídios para um melhor interrogatório dos convocados. Ele ressaltou que as investigações realizadas pela CPMI e pelo STF não são inimigas e podem se complementar, com uma ajudando a outra.