Os prefeitos de Goiânia, Aparecida e região metropolitana após um dia inteiro de negociações terminaram no começo da noite deste sábado (06/03) a reunião que definiu a continuidade de mais uma semana de restrições nas cidades.
Por Redação*
Na prática o lockdown parcial que iniciou na segunda-feira (01/03) permanece até o dia 14 de março, após esta data a decisão será novamente reavaliada pelos gestores. O novo decreto também estabelecerá restrições em supermercados que agora poderão atender apenas um membro da unidade familiar. O texto deverá ser publicado ainda hoje (06/03).
A condição de reabertura do comércio estabelecida pelas Prefeituras era a ocupação dos leitos ter abaixado para 70%, algo que não aconteceu. Pelo contrário, a situação piorou consideravelmente com a ocupação dos leitos de UTI em Goiânia chegando a 99,57% neste sábado (06/03). Esse foi o principal argumento para a manutenção da medida.
O número preocupa os gestores da saúde que veem um colapso iminente. Mesmo com a implantação de outros 74 leitos, existe a dificuldade em encontrar pessoal para o trabalho, visto que profissionais da saúde além de estarem exaustos estão preocupados com a reinfecção devido à novas variantes. “Temos condições de equipamentos, mas faltam profissionais, os que estão em campo estão estafados. É preciso responsabilidade na hora de dizer que é só criar leito. Abrimos o maior número proporcional do País, com hospitais de concreto, não de lonas. Mas estamos no limite em relação ao número de profissionais”, destacou o governador Ronaldo Caiado (DEM) que participou de forma breve da segunda parte da reunião.
Representantes do setor judiciário participaram que defenderam a manutenção das medidas. Uma proposta alternativa apresentada pelo setor empresarial era a reabertura das lojas e comércios com um toque de recolher a partir das 22h, além da paralisação do transporte coletivo, algo que foi considerado ilegal pelo Ministério Público.
A proposta foi feita pelo presidente da Fecomércio, Marcelo Baiochi e consistia em barrar por uma semana o transporte coletivo em Goiânia. Os proprietários dos estabelecimentos iriam cuidar da logística de ida e volta dos funcionários ao trabalho. “Nós vamos proporcionar aos funcionários que cheguem ao trabalho. Quem tem carro, faz uma rota, e ele faz o transporte e traz os funcionários que estiverem perto. O vale transporte pode ajudar na gasolina. E aquele que não tem como chegar à sua porta, fará o home office. Menor será o prejuízo proporcionar esse transporte, do que continuar fechado, sem poder faturar”, destacou Baiochi em comunicado enviado à imprensa.
BSB TIMES [*Info: Domingos Ketelbey/Diário de Goiás]