Delegação de São Tomé e Príncipe busca modelo de alimentação escolar do DF


Durante dois dias, representantes da Secretaria de Educação (SEEDF) receberam uma delegação de São Tomé e Príncipe, na África, assistida pelo World Food Programme (WFP), uma agência da ONU dedicada a combater a fome e promover a segurança alimentar global. A comitiva, liderada pela ministra da Educação, Cultura e Ciências de São Tomé e Príncipe, Isabel Maria Correia, visitou escolas urbanas e rurais, além de uma cooperativa rural, com o objetivo de explorar e adaptar as boas práticas da SEEDF para fortalecer a segurança alimentar em seu país.

Delegação de São Tomé e Príncipe busca inspiração no modelo de alimentação escolar do DF | Fotos: Jotta Castro/SEEDF

O objetivo da visita foi promover a cooperação técnica internacional entre os dois países, com o Brasil sendo um modelo no combate à fome. As políticas públicas de alimentação escolar do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da SEEDF, que fornecem alimentos de qualidade e incentivam a agricultura familiar no Distrito Federal, foram apresentadas como exemplo. A delegação incluiu o coordenador do Programa Nacional de Alimentação e Saúde Escolar (Pnase) de São Tomé e Príncipe, Emanuel Montóia, e o diretor do Escritório de País do WFP, Leon Victor Mushumba.

A delegação visitou o Centro Educacional (CED) 01 do Guará, a Escola Classe Aguilhada e a Associação de Agricultores Familiares da Ecocomunidade do Assentamento 15 de Agosto (Afeca), em São Sebastião, onde Isabel Correia elogiou o exemplo do DF. “O Brasil tem sido nosso conselheiro desde a criação do nosso programa em 2010. Essa experiência com a agricultura familiar é algo que queremos implementar em nosso país para enriquecer nossas crianças nutricionalmente e apoiar a produção local”, afirmou Isabel.

Michele Ornelas, produtora rural e diretora da Afeca, explicou que a associação foi criada para participar de editais da SEDF, garantindo a produção e a comercialização de seus produtos. “A parceria com a Secretaria de Educação é crucial para o assentamento, pois nos dá segurança de que teremos um mercado estável para nossos produtos, o que nos permite produzir com qualidade e vender a um bom preço, levando alimentos saudáveis para nossas crianças”, disse Michele.

Modelo de financiamento

A comitiva de São Tomé e Príncipe visitou associação de agricultores familiares em São Sebastião, onde a ministra Isabel Correia elogiou o exemplo do DF

A nutricionista Juliene Moura, diretora da Diretoria de Alimentação Escolar da SEEDF, apresentou à comitiva o modelo de financiamento brasileiro, que permite aos agricultores venderem para o Estado de forma individual ou coletiva. Juliene celebrou a oportunidade de compartilhar o conhecimento. “Articulamos os produtores locais da agricultura familiar com as cerca de 800 escolas da rede pública, o que reduz a burocracia para todos, facilitando tanto para os gestores escolares quanto para os produtores”, destacou.

Enquanto uma escola pequena pode comprar diretamente do agricultor, a compra coletiva se aplica a grandes volumes financeiros, centralizando os produtores em associações ou cooperativas. Isso facilita tanto para a gestão pública quanto para os agricultores. “As associações passam as demandas de produção e as soluções de logística, favorecendo fornecedores e consumidores. A SEDF só faz contratos com pessoas jurídicas, negociando dezenas de contratos com associações e cooperativas. É uma grande alegria quando podemos compartilhar nosso conhecimento com outros países que se beneficiarão desse modelo de parcerias”, celebrou a diretora.

Após a apresentação, a ministra Isabel Maria anunciou que levará o modelo de financiamento brasileiro para consideração do governo de São Tomé e Príncipe. “Fiz o registro e vou apresentar a proposta aos demais membros do governo, incluindo o ministro da Agricultura e o primeiro-ministro, que preside o Conselho para Alimentação e Nutrição. Em nossa região, somos um país modelo, fornecendo 50 mil refeições quentes a todas as crianças no ensino pré-escolar e no ensino básico, de forma universal e gratuita, com o governo financiando toda a alimentação escolar”, garantiu.

*Com informações da SEEDF

 



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