Nesta terça-feira (6/6), o deputado Sanderson (PL-RS) protocolou um pedido de impeachment de Lula na Câmara dos Deputados.
Por Rogério Cirino
O documento aponta supostos crimes de responsabilidade cometidos pelo ex-presidente em relação ao líder venezuelano Nicolás Maduro e ao advogado Cristiano Zanin.
O deputado argumenta que Lula quebrou tratados internacionais ao receber Maduro com honras de chefe de Estado, mesmo diante das acusações de narcoterrorismo nos Estados Unidos contra o ditador venezuelano.
Além disso, Sanderson alega que a atitude de Lula em permitir o ingresso de Maduro teria representado um atentado contra a segurança interna do país, uma vez que o líder venezuelano foi acusado pela ONU de crimes contra a humanidade.
No pedido de impeachment, o deputado também menciona a indicação de Zanin ao Supremo Tribunal Federal por parte de Lula. Segundo Sanderson, essa escolha violou os princípios da impessoalidade e da moralidade, uma vez que Zanin é seu advogado particular.
Vale lembrar que Sanderson já foi responsável pelo primeiro pedido de impeachment de Lula, realizado no final de janeiro, no qual argumentou que o ex-presidente atentou contra a democracia ao classificar como “golpe” o processo de impeachment de Dilma Rousseff, que foi avalizado pelo Supremo Tribunal Federal.
O pedido de impeachment agora protocolado com base em Maduro e Zanin promete abrir um novo capítulo na contínua batalha política envolvendo Lula e seus opositores. O desdobramento desse processo será acompanhado de perto pelos observadores políticos e pela população em geral, em meio a um cenário já marcado por tensões e polarização.
