Em uma semana, GDF aumenta em 257 o número de leitos na rede pública de saúde para atender pacientes graves com covid-19
Por Gizella Rodrigues da Agência Brasília
O GDF abriu 160 leitos na rede pública de saúde para atender pacientes com covid-19 no Distrito Federal desde o último domingo (21). Esse número vai chegar a 257 até o próximo sábado (27). A novidade nas ações de combate à covid-19 foi anunciada em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (25), no Palácio do Buriti.
Confira o vídeo:
“À luz dessas informações, o governador Ibaneis Rocha pretende fazer uma abertura gradual das atividades econômicas a partir da próxima segunda-feira. Mas hoje ainda é quinta-feira. Se houver uma mudança brusca no cenário, o governador pode tomar outra medida”Gustavo Rocha, secretário da Casa Civil
Graças aos novos leitos, a lista de pacientes à espera de uma UTI, que já foi de 324 pessoas, diminuiu para 288. E tende a diminuir ainda mais, graças à queda da taxa de transmissão que, depois de bater 1,38 na primeira semana de março, se mantém estável desde a semana passada em 0,95, com tendência de queda.
“Ainda estamos sofrendo as consequências da falta de atenção da população principalmente no carnaval”, disse o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha. “A taxa era de 0,83 antes da fase mais aguda e estamos trabalhando para baixar mais esse índice. Ficar abaixo de 1 é importante, mas está longe do ideal”, ressalta.
Segundo o secretário, a queda na taxa é reflexo das ações tomadas pelo GDF e outros índices também caíram nos últimos dias, como os casos diários, a média semanal e o número de casos ativos, ou seja, pessoas que podem transmitir covid-19. “À luz dessas informações, o governador Ibaneis Rocha pretende fazer uma abertura gradual das atividades econômicas a partir da próxima segunda-feira. Mas hoje ainda é quinta-feira. Se houver uma mudança brusca no cenário, o governador pode tomar outra medida”, disse.
Ao lado do secretário de Saúde, Osnei Okumoto, Rocha também falou do sucesso da vacinação. Segundo ele, 122% das pessoas com mais de 80 anos tomaram a primeira dose da vacina, percentual que chega a 106% no grupo de idosos que estejam em abrigos. “Tem mais de 100% por causa dos moradores do Entorno”, justifica.
Entre o público-alvo de 75 a 79 anos, o percentual é de 98% de imunizados e cai para 89% entre as pessoas de 70 a 74 anos e para 87% entre as pessoas com 69 anos. “As pessoas estão vendo que a vacinação é a saída para essa crise, mas ainda temos 9.227 pessoas para serem vacinadas no grupo prioritário”, alerta.
Osnei Okumoto afirmou que a variante do Reino Unido do Sars-CoV-2 foi identificada pelo Laboratório Central de Saúde (Lacen) em um caso autóctone, ou seja, transmitida dentro do DF. Segundo ele, essa é uma das novas variantes do vírus que têm alta transmissibilidade, principalmente entre os jovens, o que aumentou os óbitos na faixa etária de 30 a 39 anos.
“Fizemos um levantamento da comparação dos óbitos registrados ano passado e em março deste ano por faixa etária. Entre pessoas com mais de 80 anos, 27,7% morreram em 2020. Quando a gente migra para março de 2021 tivemos uma redução de 32,5% de óbitos nessa faixa etária. Também tivemos uma redução de mortes entre pessoas de 70 a 79 anos enquanto os óbitos cresceram 243,4% entre pessoas de 30 a 39 anos”, afirmou o secretário.