Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flavio Dino deu 90 dias à Polícia Federal para concluir investigação sobre Renan Calheiros (MDB)
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flavio Dino determinou que a Polícia Federal conclua, em até 90 dias, uma investigação sobre suposto pagamento de propinas ao senador Renan Calheiros (MDB) em um esquema de contratos fraudulentos no fundo de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis.
O inquérito tramita há sete anos na Corte, o que, segundo Dino, indica uma “situação tendencialmente excessiva”. “Para evitar a configuração inequívoca desse indesejável abuso, as autoridades competentes devem concluir as diligências e emitir as manifestações que considerarem cabíveis”, escreveu.
Na decisão, Dino rejeitou um pedido de Renan para arquivar as investigações por excesso de prazo. Segundo o ministro, não houve prorrogações indevidas do inquérito, tido como uma investigação de alta complexidade.
Aberto em 2017, o inquérito apura supostos desvios em aportes do fundo de pensão em empresas do lobista Francisco Emerson Maximiano, o Max. Esse dinheiro, segundo a PF, pode ter abastecido Milton Lyra, apontado como suposto operador de Renan Calheiros.
Ambos são conhecidos da PF. Max foi denunciado pelas fraudes nos bilionários contrato entre o governo federal e a Precisa Medicamentos pelo fornecimento da Covaxin. Alvo de diversas buscas, Lyra foi indiciado recentemente em outro inquérito sobre propinas da Hypermarcas a Renan Calheiros.