Ex-jogador é Investigado por Envolvimento em Empresa de Criptomoedas Acusada de Estelionato
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB/MA), recebeu na tarde desta terça-feira (17) o relatório da CPI das Pirâmides Financeiras da Câmara dos Deputados, que solicita o indiciamento de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis. O documento aponta que a empresa de criptomoedas, na qual o ex-jogador é acusado de fazer parte, cometeu o crime de estelionato, causando prejuízos a investidores.
O relator da CPI, deputado Ricardo Silva (PSD/SP), enfatizou a dificuldade de indiciar uma figura tão conhecida como Ronaldinho Gaúcho, mas destacou a responsabilidade de investigar um esquema criminoso que causou prejuízos a milhares de pessoas. O ex-jogador, em depoimento prestado em 31 de agosto, negou ser sócio da empresa, afirmando que sua imagem foi utilizada sem autorização, e que o contrato assinado envolvia apenas a cessão de direitos de imagens para a venda de relógios.
A empresa, sob investigação pela CPI, prometia rendimentos diários de 2%, com ganhos potenciais de até 400% ao mês. Contudo, as contas dos investidores foram fechadas sem o devido pagamento, resultando em prejuízos significativos.
O ministro Flávio Dino não estabeleceu prazos para as medidas contidas no relatório, mas assegurou que os 45 pedidos de indiciamento serão encaminhados ainda nesta terça-feira para análise da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Ele destacou a celeridade proporcionada pelo relatório da CPI, indicando que os primeiros resultados podem ser esperados em meses, embora casos mais complexos possam demandar investigações mais extensas.
Ronaldinho Gaúcho, inicialmente evitando as chamadas da CPI, foi alvo de condução coercitiva, comparecendo para depor posteriormente. Durante o depoimento, ele negou sua relação com a empresa investigada e, em grande parte, permaneceu em silêncio diante dos questionamentos dos deputados.
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