Dória e Leite disputam apóio em Santa Catarina para o Planalto

O PSDB catarinense está dividido entre os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de São Paulo, João Dória, principais adversários na prévia que definirá o nome tucano para a disputa ao Palácio do Planalto

Há algumas semanas o deputado estadual, Marcos Vieira, tem mantido contato com Leite, em ligações que se intensificaram nos últimos 30 dias. Em um dos telefonemas o parlamentar foi convidado pelo governador gaúcho para um almoço. Vieira não só aceitou, como também sugeriu que outras lideranças fossem com ele. Foi aí que ficou marcado o encontro da última segunda-feira, que teve início por volta das 18h, encerrando logo após às 22h. As lideranças saíram do jantar se dizendo impressionadas com a atenção que receberam. Nenhum assessor interrompeu a conversa nem para passar um telefonema.

Vieira me disse que as lideranças que o acompanharam entenderam que era o momento de externar apoio a Leite. Ele defende que a juventude mesclada a experiência, fará do governador o nome que motivará uma união nacional. “Pessoa jovem, que foi vereador, prefeito de Pelotas e agora é governador. Jovem, mas experiente o suficiente para presidir o Brasil. Centrado, pé no chão, sabe o que quer, sabe qual é o Norte para o Brasil. Estou convencido de que é o melhor”, disse o deputado.

Durante a conversa os integrantes da comitiva catarinense quiseram saber, qual o compromisso que Eduardo Leite assume com Santa Catarina. Em resposta, o governador falou da importância de investir em rodovias, aeroportos e ferrovias, para o desenvolvimento econômico do estado. Além disso, falou por um longo período sobre as startups, para as quais pretende implementar um programa de expansão. “Ele conhece o nosso estado. Nos disse que o Norte e Nordeste tem os fundos, o Sudeste e Extremo-Oeste os Royalties, enquanto que o Sul não tem nenhum dos dois”, relatou Marcos Vieira.

Também foi feito um pedido para que se discuta o pacto federativo, já que o estado catarinense não recebe em repasses do Governo Federal, o equivalente a tudo o que produz, já que dos mais de R$ 60 bilhões de impostos gerados, que são enviados para Brasília, apenas R$ 8 bilhões retornam.

Outra preocupação demonstrada pelas lideranças de Santa Catarina, foi quanto a liberdade para construir um projeto para o estado, além das alianças com outros partidos. Deixaram claro que não veriam com bons olhos uma interferência, mesmo em favor de um projeto nacional. Leite os tranquilizou firmando um compromisso de não interferir.

Após eu ter publicado as informações do encontro, algumas lideranças tucanas pró-Dória se manifestaram. O ex-senador Paulo Bauer fez questão de entrar em contato para afirmar que os apoiadores de Eduardo Leite, não representam todo o PSDB. Já o secretário de Turismo de São Paulo, Vinícius Lummertz, destacou que não há um nome mais competitivo do que o do governador João Dória.

Lummertz lembra que Dória venceu as duas prévias em São Paulo, além de ter vencido Fernando Haddad (PT), ainda no primeiro turno na disputa pela prefeitura, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda estava solto, em pleno governo da então presidente, Dilma Rousseff (PT). “Hoje fazemos uma grande gestão em SP que vai mostrar grandes resultados de gestão em todas as áreas. Tem narrativa e combatividade numa eleição que será violenta. Não é hora para começar tudo do zero. Deu com Dilma e com Jair Bolsonaro. Agora é hora do novo, sim, mas com peso. É batalha pros grandes. Por isso alguns líderes importantes, penso, se precipitaram. Além de ser uma atitude indelicada, penso (sic) ”, escreveu Lummertz.

Marcelo Lula, SCEM em Pauta

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