DRCC deflagra operação e prende mulher por venda ilegal de agendamentos do CRAS

Na última sexta-feira (20), a Delegacia de Repreensão a Crimes Cibernéticos (DRCC) com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e do Instituto de Criminalística deflagrou a Operação “Pronto Agendamento”, com o objetivo de combater práticas fraudulentas relacionadas ao uso indevido do agendamento para os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).

A Sedes, com base em monitoramento interno, denúncias de cidadãos e com a colaboração da empresa responsável pelo atendimento pelo telefone 156, iniciou apuração interna para identificar possíveis comportamentos inadequados no uso do sistema de agendamento de vagas nos CRAS. A partir dessas constatações, a Sedes acionou a PCDF e, por sua vez, a Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos do DF, a qual, imediatamente avançou, com as investigações. Utilizando ferramentas de análise avançada para identificar acessos suspeitos, a PCDF/DRCC confirmou o uso indevido de credenciais de funcionários para a comercialização de vagas aos cidadãos.

Durante as diligências, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, culminando na prisão em flagrante de uma mulher de 21 anos. Ela confessou operar o esquema irregular por aproximadamente oito meses, cobrando valores indevidos de R$ 15 a R$ 25 para agendamentos ilegais. Esse esquema prejudica, de maneira imensurável, famílias em situação de vulnerabilidade social, que têm seu acesso às políticas públicas comprometido.

A suspeita responderá pelos crimes de estelionato mediante fraude eletrônica, falsidade ideológica e usurpação de função pública qualificada, que podem resultar em penas de até 18 anos de reclusão. A investigação continua e todas as providências serão tomadas por parte do Governo do Distrito Federal.

A Sedes reforça que os agendamentos nas unidades socioassistenciais são gratuitos e podem ser realizados pelo site (sedes.df.gov.br) ou pela Central 156, priorizando famílias em maior vulnerabilidade social.

A PCDF recomenda jamais pagar por serviços públicos, que são gratuitos, pois tal conduta pode constituir crime e responsabilização penal. É importante que a população denuncie qualquer irregularidade, fornecendo detalhes como prints, fotos ou vídeos por meio da Ouvidoria Sedes (162), ParticipaDF (participa.df.gov.br) ou pelo site da PCDF ou, pelo número 197, ressaltando que neste último caso a identidade do denunciante fica absolutamente preservada.



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