Ex-assessor afirmou que informações sobre 8 de janeiro eram enviadas direto ao gabinete de Moraes
O ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, declarou nesta terça-feira (2) que um grupo paralelo atuava no envio de informações sobre os atos de 8 de janeiro de 2023 diretamente ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Segundo Tagliaferro, entre os responsáveis estava Gisele Siqueira, nora da jornalista Míriam Leitão, que exercia o cargo de secretária de Comunicação e Multimídia do TSE.
– Esses pedidos [para investigar os envolvidos] eram enviados pelo capitão Wellington, pela Adaires, que era a secretária do tribunal, era encaminhado pela Gisele Siqueira, ninguém mais, ninguém menos, que a nora da Miriam Leitão, que era a secretária de comunicação da Secom do TSE – disse ele.
Tagliaferro acrescentou que o grupo buscava acelerar o processo de repasse de informações, evitando o que classificou como burocracia interna do tribunal.
– Nós sim fazíamos o trabalho oficial, recebíamos de uma forma que, ao meu entender, não era a forma correta – completou.
O depoimento foi prestado na Comissão de Segurança Pública do Senado e integra a série de apurações sobre a condução das investigações ligadas aos eventos de janeiro de 2023.







