Em um ano e meio, GDF garantiu moradia de qualidade para baixa renda

Mais de 1,7 mil pessoas, direta e indiretamente, foram beneficiadas pelo programa de melhorias habitacionais conduzido por essa gestão da Codhab.

FONTE: DA AGÊNCIA BRASÍLIA  – POR: GIZELLA RODRIGUES,  EDIÇÃO: CAROLINA JARDON
Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília

Em um ano e meio, mais de 1,7 mil pessoas, direta e indiretamente, foram beneficiadas pelo programa de melhorias habitacionais conduzido por essa gestão da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab).

Além de reduzir o déficit habitacional e diminuir a lista de famílias à espera da casa própria, por meio da ação, o GDF garante moradia de qualidade para a população de baixa renda do Distrito Federal.

Tratam-se de famílias atendidas por dois subprogramas do eixo Na Medida, inserido na política habitacional do DF, o Habita Brasília. Uma das ações é batizada de Melhorias Habitacionais, e, por meio dela, o governo financia a elaboração de projetos e até de obras de reforma em casas construídas em áreas de interesse social.

Desde janeiro de 2019, 250 projetos arquitetônicos de requalificação habitacional foram elaborados e 150 obras executadas em cidades como Estrutural, Sol Nascente e São Sebastião, Riacho Fundo e Itapoã . O programa é destinado para famílias com renda de até três salários mínimos.

Por meio de empresas licitadas ou do trabalho das equipes dos Postos Avançados instalados dentro das comunidades – compostas por arquitetos, engenheiros, assistentes sociais e voluntários – a Codhab reforma cozinhas, áreas de serviço, banheiros, paredes, piso e telhados de casas em áreas regularizadas ou passíveis de regularização. Também reforçam a estrutura das residências, ampliam cômodos e fazem ventilação e iluminação nos domicílios.

Domicílios insalubres
A obra deve custar, no máximo, R$ 25 mil, incluindo os gastos com material, mão de obra e encargos legais e objetiva sanar problemas de salubridade e/ou segurança na residência. “O programa começou com reformas de R$ 10 mil, mas vimos que a precariedade nessas casas é muito grande. E, como o estado só entra naquela casa uma vez, nos esforçamos para aumentar o valor. São casas sem banheiros, feitas com material construtivo de baixa qualidade e com superadensamento (mais de três pessoas) em alguns cômodos”, afirma a arquiteta Sandra Marinho da Diretoria de Assistência Técnica da Codhab, coordenadora do programa.

No caso de Kátia Cristina Pereira Cruz, 49 anos, os arquitetos e engenheiros do programa Melhorias Habitacionais constataram que a casa, na Estrutural, não suportaria uma reforma e demoliram o imóvel e o construíram de novo. O domicílio tinha em uma sala com cozinha americana, um banheiro e um único quarto onde dormiam todos os moradores da casa: Kátia e seus três filhos adultos.

José Augusto Cruz de Oliveira, 25, um dos filhos, foi quem inscreveu a mãe no programa. “Ela mora aqui desde que era invasão e construiu a casa como deu. Não tinha reboco, nem piso. E ela nunca teve condições de reformar”, conta. Agora, a família convive com mais um cômodo e os filhos dormem em quarto separado do da mãe.

A empresa que fez a reconstrução da casa contratou o marido de Kátia para trabalhar na obra. “Além de fazer melhorias em casas insalubres, ainda potencializamos a geração de emprego. As empresas costumam contratar pessoas da própria comunidade”, ressalta a arquiteta da Codhab. Segundo a companhia, foram gerados mais de 450 empregos diretos e indiretos por meio dos programas habitacionais do GDF.

Em março  deste ano, a Codhab abriu um pré-registro para interessados no programa Melhorias Habitacionais, com o objetivo de mapear novas áreas para a atuação. Cerca de 450 famílias de todo o DF se registraram. A previsão é que novas inscrições sejam abertas no segundo semestre e o atendimento aos novos selecionados comece assim que a pandemia do coronavírus permitir. Atualmente, as reformas do programa estão suspensas por tempo indeterminado.

Módulo Embrião

Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília

Também entram na conta de beneficiados pelo programa habitacional do governo as famílias selecionadas para receber uma das 30 casas populares construídas nas QRs 619 e 621 de Samambaia do projeto Módulo Embrião, que faz parte do subprograma Moradia Digna, voltado para a população em situação de vulnerabilidade.

Essas pessoas estão incluídas na faixa 1 da política habitacional, têm renda entre R$ 0 e R$ 1.800, e são encaminhadas para a Codhab pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).

Ao todo serão entregues 108 módulos, que já estão em construção e devem ficar prontos nos próximos meses. O Módulo Embrião é uma construção básica de 44 metros quadrados composta de sala, quarto, cozinha, banheiro e área de serviço, com ligações de água, energia, cobertura, vedações e todos os acabamentos.

A casa poderá ser ampliada por cada morador por meio da autoconstrução (construção de unidades habitacionais de baixo custo por seus próprios usuários), com assistência técnica dos arquitetos e engenheiros da Codhab gratuita. Nedna mostra orgulhosa a planta da sua futura casa que terá espaço suficiente para ela, marido e três filhas.

Nedna Nogueira mostra orgulhosa a planta da sua futura casa que terá espaço suficiente para ela, marido e três filhas. Foto: divulgação Codhab

A família de Nedna Nogueira, 33 anos, foi uma das beneficiadas pelo Módulo Embrião. Ela recebeu a casa no final de abril e já elabora o projeto para construir mais dois cômodos no imóvel. Um deles será o quarto que será divido pelas filhas e o outro será a sala da residência, já que a atual é pequena para Nedna, o marido e as três filhas de 8, 14 e 17 anos.

Até que os dois cômodos fiquem prontos, a família continuará improvisando. Nedna dorme no chão da sala com o marido e as filhas dormem no quarto. A construção será feita pelo vizinho, que é pedreiro e deu a mão de obra de presente.

“Não tenho nem palavras para agradecer o GDF por ter me dado essa casa. Eu morava na casa da minha mãe, em Santa Maria, porque nem o dinheiro do aluguel eu tinha”, conta Nedna que vive com a renda do programa Bolsa Família. Ela e o marido estão desempregados.

BSB TIMES

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