Trata-se de um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa que promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
As 5 características essenciais para entender o Iluminismo:
A razão e o pensamento racionalista guiavam todos os desejos e as vontades iluministas. Os pensadores baseavam suas reflexões nas temáticas relacionadas à sociedade e ao mundo natural em que vivemos.
Então, começaram a pensar sobre as desigualdades sociais, a composição de elementos naturais (como a água, a chuva, por exemplo) e sobre as formas de governo, retomando uma discussão dos filósofos gregos antigos, principalmente Platão e Aristóteles.
Veja esse fragmento de texto:
“A liberdade individual se torna o centro da discussão sobre política, à medida que a filosofia política iluminista promovia a centralidade dos direitos individuais, diferenciando os compromissos dos antigos e medievais da ordem e hierarquia.”
Nesse sentido, podemos afirmar que o iluminismo teve sua primeira expressão teórica, mais concentrada, em fins do século XVII, com o inglês John Locke – considerado o pai do liberalismo –, preocupado em “modificar” a concepção de súditos da coroa britânica para cidadãos. Defenderia a liberdade e a tolerância religiosa (MELLO; DONATO, 2011, p. 253).
![Religião na Inglaterra e a prática da tolerância – BrasileirasPeloMundo.com](https://i0.wp.com/www.brasileiraspelomundo.com/wp-content/uploads/2019/06/james-coleman-694177-unsplash-1-1024x683.jpg?resize=696%2C464&ssl=1)
A relação da Igreja Católica com a tradição iluminista foi bastante conflitante. As liberdades modernas, que o iluminismo colocava no centro das suas reivindicações, eram percebidas pela autoridade eclesiástica como contrastantes com a absolutez (e a unicidade) da verdade.
A igreja via como uma ameaça direta da sua legitimidade, enquanto atentavam contra o princípio de autoridade que está na base da estrutura hierárquica da Igreja.
E os filósofos por sua vez combatiam a imposição da verdade pela Igreja como pode ser visto no texto abaixo:
“para ser efetivamente livre a Razão não pode se submeter a nenhuma autoridade que a transcenda ou a nenhuma regra que lhe seja extrínseca: ela é, para si mesma, sua própria regra” (FORTES, 1985, p.18).
![Características do Absolutismo - Estudo Prático](https://i0.wp.com/www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2012/11/caracteristicas-do-absolutismo.jpg?w=696&ssl=1)
Os pensadores iluministas eram contra a centralização do poder. Toda a estrutura política e social do absolutismo foi violentamente atacada pela revolução intelectual do Iluminismo.Eles defendiam que o poder deveria ser dividido em três:
O poder legislativo (ou seja, o poder de fazer as leis) deveria ser atribuído a um Parlamento cujos deputados seriam eleitos pelos cidadãos;
O poder executivo ficaria reservado ao rei e aos seus ministros que aplicariam as leis;
O poder judicial (o poder de julgar quem não cumpre as leis) ficaria a cargo dos juízes que deveriam ser independentes dos demais poderes.
Com as críticas do iluminismo a centralização monárquica, acabou por se constituir num novo absolutismo, desta vez esclarecido e progressista, fundado numa ordem política expressa na constituição do Estado moderno e na existência de uma nova entidade coletiva que, a partir de agora, ia formar a nação. O rei passa a ser senhor absoluto, símbolo nacional.
![https://i0.wp.com/etimologia.com.br/wp-content/uploads/sociedade/Burguesia.jpg?resize=583%2C524&ssl=1](https://i0.wp.com/etimologia.com.br/wp-content/uploads/sociedade/Burguesia.jpg?resize=583%2C524&ssl=1)
O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns. O espírito iluminista formou-se na Holanda que, no século XVII, era um país com economia de mercado desenvolvida e poder político controlado por uma burguesia próspera, culta e tolerante.