Entrevista: Professora Rosilene, uma nova opção do PT para o Buriti

Rosilene Corrêa é professora aposentada da rede pública de ensino do Distrito Federal. Pedagoga de formação, também é dirigente do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Nasceu em 25 de fevereiro de 1964 na pequena Petrolina de Goiás, a 50 Km da capital de Goiânia. É divorciada, tem um casal de filhos e um casal netos.

BSB. A disputa interna para o GDF entre a senhora e o ex-deputado Geraldo Magela não enfraqueceria o PT?

RC. Ao contrário. No PT, as coisas são decididas dentro de um debate democrático. Após isso, a decisão da maioria é acatada por todos (as). Sairemos mais fortes e estaremos juntos (as) na campanha ao GDF e pela eleição de Lula presidente.

BSB. Alguns movimentos sociais apresentam o nome da senhora como uma opção de renovação. Não acha que seria um paradoxo diante da proposta do retorno de Lula?

RC. De forma alguma. Minha pré-candidatura tem o objetivo de dar ao (à) eleitor (a) uma opção de voto numa proposta mais voltada para o social e em defesa da classe trabalhadora, como sempre fiz ao longo da minha vida, especialmente no movimento sindical. O retorno do Lula significa a volta do Brasil ao eixo do respeito pelas pessoas, pela ciência e pelo meio ambiente. Então, as duas coisas se completam.

BSB. Uma parte da centro-esquerda no DF apresenta opções como o distrital Leandro Grass (PV) e o Rafael Parente (PSB). Como a senhora agiria se numa possível federação ou aliança com o PT, seu nome não fosse escolhido?

RC. Isto faz parte do jogo democrático. Sou pré-candidata de uma aliança de partidos que tem outros pré-candidatos. Caso meu nome não venha a ser o escolhido – o que espero que não aconteça –, estarei firme na campanha do nosso candidato. Principalmente porque este será o palanque do Lula no Distrito Federal.

BSB. A senhora acha que somente o Sinpro-DF tem capital eleitoral para defender seu nome ao Buriti?

RC. É preciso separar a minha militância partidária da minha atuação sindical. Sou pré-candidata pelo PT e sou diretora do Sinpro-DF, não existe candidatura, sobretudo majoritária, de uma parcela da população. Claro que é inegável que no meu caso começa com forte relação com um setor que tem papel estratégico na vida do DF. Estamos presentes em cerca de 700 escolas. Porém, o desafio é exatamente ter uma candidatura reconhecida por toda sociedade.

BSB. Caso não seja escolhida pelo PT e nem pela federação ou uma aliança, a senhora disputaria outro cargo nas eleições de outubro?

RC. É cedo para se discutir outra possibilidade, uma vez que meu nome está apresentado de forma muito clara que é para concorrer ao Buriti.

BSB. Nossa redação agradece por sua disposição em nos atender.

RC. Eu que agradeço o convite e a oportunidade de dialogar com o seu público. Estaremos sempre na defesa da liberdade de expressão e da imprensa como um todo, incluindo os veículos alternativos e comunitários.

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