As informações foram divulgadas por Renata Agostini, analista de política da CNN.
Por Rogério Cirino
No dia 19 de maio, Gabriela Santiago Cid, esposa de Mauro Cid, admitiu perante a Polícia Federal (PF) que utilizou um certificado de vacinação falsificado, produzido pelo próprio marido, como parte de um esquema de fraude de cartões de vacinação contra a Covid-19.
Durante seu depoimento à PF, Gabriela confirmou que tinha conhecimento sobre o esquema de fraude e admitiu ter utilizado um desses cartões falsos, uma vez que não havia sido imunizada contra a Covid-19. As investigações conduzidas pela PF indicam que ela utilizou a documentação falsa em pelo menos três viagens aos Estados Unidos. Após quase três horas de questionamentos, Gabriela Cid deixou a sede da PF em Brasília, por volta das 17h10.
No dia anterior, Mauro Cid, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), permaneceu em silêncio diante das perguntas feitas pela PF. Ele encontra-se detido preventivamente desde o dia 3 de maio, no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília.
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A Polícia Federal possui evidências que indicam o envolvimento de Cid em um esquema de inserção de dados falsos sobre vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Os cartões de vacinação de Mauro Cid, sua esposa e outros membros de sua família teriam sido fraudados, assim como o cartão do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua filha com Michelle Bolsonaro.
Mensagens obtidas pela Polícia Federal a partir do celular de Mauro Cid revelam conversas entre ele e sua esposa, nas quais ambos colocam em dúvida a eficácia dos imunizantes. Especialistas em saúde já reafirmaram a segurança e eficácia das vacinas utilizadas no combate à Covid-19.