Entre os dias 5 e 7 deste mês, estudantes do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) da Asa Sul participaram da Semana do Mercado de Trabalho. O evento promoveu palestras e oficinas com o objetivo de ampliar as perspectivas e oportunidades profissionais dos alunos, destacando também a importância da inclusão profissional para o público da terceira idade.
A programação incluiu palestras com atletas paralímpicos e apresentações sobre trabalho com reciclagem, além de discutir o mercado de trabalho para avós e pessoas com deficiência. Também foram oferecidas oficinas de capacitação em diversas áreas, como produção de sorvetes, doces, massas, velas aromáticas e outros produtos. Ao longo dos dias, a escola disponibilizou aferição de pressão, testes de HIV e medição de glicemia.
O diretor do Ceja, Flávio Sousa, explicou que o tema da semana foi escolhido conforme as preferências dos alunos. “A questão do mercado de trabalho é um tópico que sempre se destaca entre os interesses dos estudantes”, afirmou, ressaltando a importância do evento para o futuro dos jovens.
“Aqui, mostramos opções de carreira que talvez eles não tivessem considerado ou sonhado. Muitos estão focados em seguir os passos familiares, então é enriquecedor oferecer novas possibilidades para que eles possam sonhar e ampliar seus horizontes”, acrescentou o diretor.
Uma das apresentações elencou profissões promissoras para o futuro, como consultor de sustentabilidade, especialista em energias renováveis e fisioterapeuta especializado em idosos. Essas sugestões foram feitas por alunas da terceira idade, demonstrando o potencial de inovação e criatividade dos participantes.
O professor de artes Marcelino Cruz, que atua na rede pública de ensino desde 2005, também foi um incentivador dessa criatividade. Trabalhando com arte híbrida, que une sustentabilidade e expressão artística, ele enfatizou a importância do profissionalismo na arte: “Esse tipo de trabalho abre a mente do aluno para que ele enxergue a arte como uma profissão rentável e de sucesso”.
A semana revelou talentos e habilidades dos estudantes, como a produção de saias feitas com sombrinhas reaproveitadas, cestos decorados com tecidos coloridos e esculturas de argila. Entre os participantes, Samuel Gonzaga, de 19 anos, expôs uma escultura de elefante em argila.
“Deu um pouco de trabalho, mas gostei muito. Nunca tinha feito escultura antes, achei interessante trabalhar com argila”, avaliou. Samuel, que pretende seguir carreira em psicologia, mencionou o interesse em aplicar arte em sua futura profissão, especialmente na psicologia infantil.
O estudante Sandro dos Santos, 51 anos, destacou a integração promovida pelo evento. “Foi muito bom ver jovens, adultos e idosos interagindo, além das oficinas de arte, música e culinária. Achei essa inclusão muito importante”, disse.
A Semana do Mercado de Trabalho no Ceja ofereceu aos alunos novas perspectivas e motivação para explorar caminhos profissionais além do tradicional, fortalecendo o compromisso da instituição com a formação integral de seus estudantes.
*Com informações da Secretaria de Educação