EUA rejeitam decisão da França de reconhecer Estado Palestino

Secretário de Estado Marco Rubio afirma que medida de Macron serve à propaganda do Hamas e dificulta a paz


O governo dos Estados Unidos rechaçou publicamente, nesta quinta-feira (24), a decisão do presidente francês Emmanuel Macron de reconhecer o Estado da Palestina durante a Assembleia Geral da ONU, prevista para setembro.

“Essa decisão imprudente só serve à propaganda do Hamas e prejudica a paz”, afirmou o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em publicação na rede X (antigo Twitter). Ele acrescentou que a postura francesa pode comprometer os esforços internacionais por uma resolução duradoura no conflito entre Israel e Palestina.

Mais cedo, Macron havia anunciado a intenção de formalizar o reconhecimento em nome de uma “paz justa e duradoura no Oriente Médio”. “Fiel ao seu compromisso histórico, decidi que a França reconhecerá o Estado da Palestina”, escreveu o francês na mesma rede social, defendendo também cessar-fogo imediato, entrada de ajuda humanitária, libertação de reféns e desmilitarização do Hamas.

A medida foi criticada não apenas pelos EUA, mas também pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que afirmou que o reconhecimento unilateral enfraquece a segurança de Israel e fortalece organizações terroristas.

O embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, já havia dito em junho que o reconhecimento de um Estado Palestino independente não é mais considerado prioridade da política externa americana.

No campo humanitário, a crise se agrava. O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, alertou que Gaza vive uma situação de fome generalizada. O Ministério da Saúde local afirma que 900 mil crianças sofrem com escassez alimentar, sendo 70 mil em estado de desnutrição avançada.

Israel nega causar fome deliberadamente e acusa o Hamas de manipular o cenário, embora mais de cem organizações internacionais tenham solicitado a liberação imediata de alimentos e água potável para a população civil.

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