Ex-ministra Flavia Arruda pede desfiliação do PL após ir à posse de Lula

Então ministra da Secretaria de Governo Flávia Arruda participa de cerimônia no Palácio do Planalto, em março de 2022 Cristiano Mariz/O Globo

Deputada federal Flávia Arruda abraçou o petista durante evento no Congresso; ela foi candidata derrotada ao Senado pelo DF

A ex-ministra da Secretaria de Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Flávia Arruda pediu desfiliação do PL na tarde desta segunda-feira (2). A saída do partido foi motivada após ela, que presidia o partido no Distrito Federal, comparecer à posse presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesse domingo (1º), e cumprimentá-lo.

O marido de Flávia Arruda, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, é filiado ao partido. Os dois estiveram com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, na tarde desta segunda (2).

A deputada Flávia Arruda abraça o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de posse

A deputada Flávia Arruda abraça o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de posse
TV CÂMARA/REPRODUÇÃO – 1º.1.2023

Durante a sessão solene no Congresso Nacional, Flávia Arruda abraçou Lula e conversou rapidamente com Lula. Ela é deputada federal até a primeira semana de fevereiro, quando a nova legislatura da Câmara dos Deputados assume.

Há duas semanas, Flávia Arruda votou a favor da proposta de emenda à Constituição (PEC) do estouro, que abriu espaço no Orçamento de 2023 para bancar promessas feitas por Lula durante a campanha. A medida ainda fura o teto de gastos, regra que condiciona o crescimento das despesas da União à inflação do ano anterior.

Nas eleições de 2022, a parlamentar foi candidata ao Senado, mas perdeu a disputa para Damares Alves (Republicanos), outra ex-ministra de Bolsonaro. Durante a campanha, o ex-presidente não chegou a demonstrar apoio explícito a nenhuma das duas, mas a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, próxima de Damares, entrou de cabeça na campanha da amiga.

O contato de Flávia Arruda com Lula pegou mal entre os apoiadores de Bolsonaro. Nas redes sociais, a deputada recebeu uma avalanche de críticas e chegou a ser chamada de “traidora”. Após a repercussão, ela restringiu novos comentários.

Fonte: Ana Isabel Mansur e Camila Costa, do R7, em Brasília

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