Durante maior parte da prova o protagonismo foi do britânico George Russel, atrapalhado por falhas da equipe Mercedes nos boxes.
Por Rogério Cirino para o BSB Times
Logo na largada o inglês assumiu a ponta a abriu diferença sobre o companheiro de equipe Valtteri Bottas. Após o primeiro pitstop a diferença chegou a ser de 8 segundos.
A largada foi marcada por uma tremenda confusão, o piloto monegasco da Ferrari, Charles Leclerc forçou na terceira curva batendo o carro contra a Racing Point de SérgioPerez, Max Verstapen, que vinha na mesma disputa. ao desviar acabou batendo contra a barreira de proteção e ambos os dois não completaram uma volta sequer.
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A vitória parecia certa para substituto de Lewis Hamilton em uma prova perfeita, até que uma asa quebrada na entrada na última curva do circuito de Shakhir fizesse a direção de prova mandar o carro de segurança para a pista.
A equipe Mercedes quis aproveitar o momento de baixa velocidade e chamou os dois pilotos ao mesmo tempo para os boxes o que acabou por resultar numa total confusão.
Os mecânicos da equipe alemã literalmente se enrolaram, trocaram os pneus de um carro pelo outro, deixaram rodas saírem rolando pelo pitlane e como resultado Russel teve de voltar aos boxes para uma terceira parada, voltando em 5º no grid logo após Bottas.
O jovem piloto estreante na equipe não se intimidou e logo ultrapassou o companheiro, indo para cima de Stroll (Racing Point) e Ocon (Renault), demoraram duas voltas para fazer as três ultrapassagens, um show.
A essa altura faltavam cerca de dez voltas para o fim e o inglês partiu na captura de Sergio Perez (Racing Point) pela liderança. A sete voltas do final a equipe chamou o estreante novamente para os boxes por conta de um pneu furado, encerrando as chances de Russel pela vitória.
O piloto inglês ainda se recuperou ganhando diversas posições e terminando logo atrás do companheiro Valtteri Bottas.
Resumindo foi um show de Russel.
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Sergio Perez
O mexicano por sua vez fez por merecer a vitória. Consistente o ano todo, caiu para último com as confusões da largada mantendo um ritmo forte e contínuo, se recuperando volta por volta até que o erro medonho da equipe alemã (digna de um episódio dos Trapalhões), o permitissem assumir a liderança.
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Fittipaldi
O piloto brasileiro, neto do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi, Pietro Fittipaldi, fez o que era possível com o limitado carro da Haas, se mantendo na mesma toada do experiente companheiro de equipe Magnusen o qual terminou atrás. Em uma corrida cheia de acidentes e confusões, Pietro não cometeu erro algum.
A melhor corrida, melhor circuito
Não foi a melhor corrida do ano, possivelmente foi a melhor corrida em uma década, cheia de “pegas”, ultrapassagens e possibilidades, lembrando os tempos áureos do final dos anos oitenta onde Piquet, Prot, Senna, Mansel, Lauda, Rosberg e cia se digladiavam pela vitória.
Grande parte da emoção veio pela opção acertadíssima da FIA de fazer a corrida no traçado externo do circuito do deserto, transformado quase que num “semi-oval” (por favor façam isso de novo).
Um show para os olhos e corações de quem teve a oportunidade de assistir, poucos já que a TV Globo, em sua evidente crise, preferiu reprisar um filme a mostrar o Grande Prêmio, que foi televisionado pela filial paga, SporTV.
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