Polícia Civil do RJ intimou o youtuber a prestar depoimento
Por Rogério Cirino
O suposto crime esta sendo investigado pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática e intimou o influenciador a prestar depoimento nesta quinta-feira (18) o youtuber.
O pedido para averiguação do crime partiu do filho do presidente, Carlos Bolsonaro.
“Foi uma petição pedindo a instalação do procedimento porque parece que o Felipe Neto teria chamado o presidente de genocida, e aí se enquadraria nessa Lei de Segurança Nacional, conforme o entendimento mais recente no STF. […] A petição, quem fez o pedido da investigação, foi o Carlos Bolsonaro, mas a vítima é o pai dele, o presidente “, explicou o delegado Pablo Sartori.
Ademais a acusação implicar em crime o youtuber voltou a se manifestar nas redes sociais, defendendo que o presidente da repúclica seria um genocida.
Nas palavras de Felipe Neto existe uma “nítida ausência de política de saúde pública no meio da pandemia”, o que, de acordo com ele, “contribuiu diretamente para milhares de mortes de brasileiros”, e com base nisso enquadra ele Bolsonaro no crime de genocídio.
Leia também:
Felipe Neto é indiciado por corrupção de menores
Ministério Público quer saber: onde foram parar os equipamentos dos hospitais e campanha?
Polícia fecha suruba com 50 participantes no Pará por conta da pandemia
Ibaneis se irrita com Bolsonaro por desrespeitar lockdown no DF
Vale lembrar o crime de genocídio tem tipificação penal e é descrito pela Lei 2.889 de 1956 e se refere a quem intencionalmente promove medidas com o objetivo de aniquilar à um grupo específico:
“Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal:
- a) matar membros do grupo;
- b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
- c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial;
- d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
- e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;”
lembrando que a Lei de Segurança Nacional prevê, em caso de condenação de Felipe Neto, pena de até 20 anos de prisão.