Finalizada mais uma edição do curso que usa design ambiental na prevenção de crimes


Policiais militares, administradores regionais e membros dos conselhos comunitários de segurança finalizaram mais uma edição do curso Prevenção de Crimes por meio do Design Ambiental (CPTED). Na manhã desta quinta-feira (15), os alunos da capacitação puderam colocar os conhecimentos em prática na Estrutural.

Durante a aula prática na Estrutural, os alunos avaliaram situações, sugeriram e pediram sugestões de mudanças para comerciantes e moradores | Fotos: Rodrigo de Castro/ SSP-DF

“O modelo de gestão implementado pelo programa DF Mais Seguro – Segurança Integral tem em sua essência a promoção de políticas transversais, com olhar para tudo que pode, de alguma forma, impactar a segurança pública. Percebemos, então, a necessidade de criar um setor dedicado a lidar com essa complexidade, como situações de vulnerabilidade e desordens”, explicou o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar.

Iniciado no dia 5 deste mês, o  CPTED – sigla em inglês para Crime Prevention Through Environmental Design – desenvolve uma técnica preventiva de observação e intervenção integral em espaços que aumentam a sensação de medo entre os cidadãos, como locais escuros, sem podas de árvores e pichações. Durante a aula prática, os 19 alunos avaliaram situações, sugeriram e pediram sugestões de mudanças aos comerciantes e moradores da Estrutural, colhendo dados para criar um documento que será levado a órgãos responsáveis.

Policiais militares, administradores regionais e membros dos conselhos comunitários de segurança participaram do curso

“O levantamento das situações é baseado no recebimento de demandas das polícias, dos conselhos de segurança e da própria população, que serão traduzidos em documento para articulação com órgãos competentes para a solução de problemas e manutenção das mudanças; consequentemente, a prevenção do crime”, declarou o coordenador do curso e chefe do Núcleo de Monitoramento de Desordens, Luiz Carlos Bedendo. 

Na aplicação da CPTED, três parâmetros são levados em consideração pelos agentes: a territorialidade, que é a observação dos espaços que estão abandonados e podem ser utilizados para comportamentos atípicos; a manutenção dos ambientes, para evitar que atraiam crimes devido à sua condição física, como espaços com pichação, lixo e carcaça; e a vigilância natural, que é o conceito de ver e ser visto, promovendo podas de árvore e melhoramentos na iluminação pública para aumentar a sensação de segurança.

Para o presidente do Conselho de Segurança do Paranoá, Sérgio Santos, a capacitação mostra que a segurança pública não está nas mãos apenas das forças oficiais. “O problema é de todo mundo. O curso promove isso, essa visão de responsabilidade ampliada, para além da polícia”, declarou. 

De acordo com o subsecretário de Integração de Políticas em Segurança Pública, Jasiel Fernandes, a ideia é ampliar o público-alvo do curso, incluindo outras instituições vinculadas à SSP, servidores e cidadãos interessados no tema. “Quanto mais órgãos souberem e puderem aplicar a técnica, mais facilmente poderemos mapear os locais que necessitam de intervenção”, pontuou.  

A arquiteta e urbanista Flávia Portela, uma das alunas da capacitação, elogiou o curso: “Achei bastante interessante. É um formato muito rico, que nos permite ampliar o olhar para as soluções. Uma questão incrível abordada diz respeito à prevenção, que, se aplicada corretamente, promove ativamente a redução de custos e problemas sociais”. 

Uma nova turma está prevista para começar as aulas da CPTED na próxima segunda-feira (19), com ações na região do Guará.

*Com informações da Secretaria de Segurança Pública



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