Preço da Gasolina no DF Reflete Pressões Econômicas e Impacto do Dólar Elevado
O preço do litro da gasolina nos postos do Distrito Federal subiu para R$ 6,59 nesta quinta-feira (16/1), marcando um aumento médio de 9,1% em relação aos valores registrados há dez dias. O reajuste reflete não apenas fatores do mercado internacional e o custo do etanol anidro, mas também a valorização do dólar, impulsionada pelo desequilíbrio nas contas públicas do governo federal.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicombustíveis-DF), Paulo Roberto Tavares, o aumento de R$ 0,50 no preço do etanol anidro nos últimos três meses foi um dos principais responsáveis pela alta. Esse acréscimo impactou diretamente as distribuidoras, que repassaram o custo aos postos.
Outro fator relevante é a elevação do preço do diesel, influenciada pelo aumento do biodiesel e pela valorização do dólar, que afeta a importação de insumos e combustíveis. O dólar mais alto tem sido apontado como uma consequência do rombo nas contas públicas, intensificado por um déficit fiscal significativo no governo Lula, o que aumenta as pressões inflacionárias e reduz a confiança do mercado.
Embora o último reajuste da Petrobras no preço da gasolina para distribuidoras tenha ocorrido em julho de 2024, os preços nos postos refletem a combinação de políticas tributárias, pressões cambiais e variações nos custos de produção.
ICMS e Próximos Ajustes
Um novo reajuste automático de R$ 0,10 no preço do litro da gasolina está previsto para 1º de fevereiro de 2025. O aumento será consequência das alterações nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), definidas em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
A uniformização do ICMS em todo o país visa dar maior previsibilidade ao mercado, mas também reflete a necessidade dos estados em lidar com desafios fiscais. O cenário atual expõe como o impacto de políticas econômicas e desequilíbrios fiscais reverbera diretamente no bolso dos consumidores.