Agricultura, o caminho para o crescimento
Em um ano e meio, investimentos transformaram o setor capaz de levar a capital a outros patamares
É isso que o Governo do Distrito Federal (GDF) tem feito neste um ano e meio de gestão: investir em ações e melhorias no setor por acreditar que ele pode, sim, transformar o DF.
Coordenada pela Secretaria de Agricultura (Seagri), as medidas tomadas vão desde a compra de alimentos, financiamento, doação de insumos e aparelhos, treinamentos no campo e liberação de crédito rural até a recuperação de estradas de terra e de canais de irrigação.
“A agricultura é, hoje, responsável pelo equilíbrio da balança comercial do Brasil. Juntos, vamos construir uma agricultura melhor, mais forte e mais robusta para o crescimento do DF”, afirma o secretário de Agricultura, Cândido Teles.
Conheça as medidas que colocam a agricultura na linha de frente no combate à crise provocada pela pandemia:
Plantando iniciativas, colhendo resultados
O trabalho no campo junto aos produtores é feito pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF). Em 2019, ela realizou o maior número de atendimentos ao público desde 2016. Foram 170.360 atendimentos no ano passado, entre cursos, oficinas, dias de campo e visitas destinadas a agricultores familiares e produtores patronais.
Acompanhe a evolução com o passar dos anos:
Uma das iniciativas de atendimento ao público da Emater é o projeto Filhos deste Solo. Ele oferece curso gratuito de empreendedorismo para jovens rurais com o objetivo de transformar ideias em negócios.
Criado em 2019, se espalhou por núcleos rurais acolhendo jovens com boas ideias e que pretendem permanecer ou empreender no campo para desenvolver sua própria empresa ou negócio.
Foi a partir do projeto que nasceu a Caliandra Cogumelos, idealizada pela bióloga Yara Ballarini.
Ela participou da primeira turma do Filhos deste Solo e atualmente produz cogumelos comestíveis e medicinais.
“Sempre fui apaixonada por sustentabilidade e conservação do meio ambiente. Apareceu essa oportunidade do cogumelo e vi que poderia juntar essas duas coisas. Já o curso foi ano passado, fiz no IFB de Planaltina. Foi muito legal porque foi a primeira vez que eu vi um curso de empreendedorismo voltado para o meio rural”, conta Yara.
“A gente sabe que o meio rural tem as suas particularidades, o seu tempo, não é de uma hora para outra. Tem toda uma lógica voltada para o campo e esse curso tinha essa lógica. Por isso, eu gostei tanto. Foi legal que tive todo o suporte da Emater, e ainda estou tendo”, complementa a empreendedora.
Conheça essa história:
Ceasa se vacina contra a crise
Manter as vendas e investir em tempos de pandemia é uma tarefa que se tornou ainda mais difícil. No entanto, há quem contrarie essa linha, assumindo um protagonismo no enfrentamento à crise. A Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) tem provado, com diferentes iniciativas, que o coronavírus não vai derrubar um dos locais favoritos do brasiliense para comprar alimentos e insumos frescos.
A Ceasa tem procurado investir e tem feito investimento alto em nome da comunidade, do melhor atendimento ao produtor rural e ao grande atacadista, também. O que queremos é criar mais espaços para a comercialização porque a agricultura é a sustentação do nosso país.Onélio Teles, presidente da Ceasa-DF
Desde a chegada do coronavírus ao DF em março – quando foi confirmado o primeiro caso na região –, a venda de alimentos no local se manteve dentro da normalidade. Na Ceasa, produtos com origem do Distrito Federal aumentaram as vendas em 13% de fevereiro para março e em 3% de março para abril. Até 26 de maio, foram comercializados 22, toneladas de alimentos.
O desempenho do Mercado Livre do Produtor, a popular Pedra, também é positivo. Em 2017, eram 480 produtores ocupando o espaço, número que passou para 520 em 2019 e que vai atingir 553 em junho, com os novos contemplados. A Pedra ou Mercado Livre é o coração da Ceasa, onde os produtos são comercializados às terças e quintas-feiras.
Já a quantidade de feirantes do Varejão se manteve estável em 198 ocupantes, comprovando que as atividades por lá não foram arruinadas pela Covid-19.
Ampliação da área
Aliado aos dados estáveis de volumes comercializados em 2020, a Ceasa-DF investiu R$ 22 milhões – com recursos da própria receita – na construção de três novos pavilhões. Dois deles são compostos de 18 boxes de 288m² cada, e um outro pavilhão com cinco boxes de 233m², cada. Os três boxes possuem pé direito de 10,5m de altura, o que permite a estocagem vertical, ou seja, mais mercadorias utilizando menos espaço.
Luciano Vilela é um dos permissionários desses novos pavilhões. Nascido e criado na Ceasa, o proprietário da empresa Banco de Caixas está animado. “Esses pavilhões representam uma ampliação das atividades dos permissionários que aqui estão e de novos mercados que são criados, novas demandas em relação à modernidade desses pavilhões. Eles são um prelúdio do que é uma Ceasa moderna”, conta Vilela.
Conheça a história dele e dos novos pavilhões:
Investimento e quitação de dívidas
Toda essa ampliação da Ceasa, que pode ser vista de longe por quem cruza a Estrutural, por exemplo, e de perto por quem visita o local, conta com apoio em outra ponta: das finanças.
Em um esforço concentrado da diretoria financeira nos últimos seis meses, a empresa quitou dívidas contraídas em gestões anteriores, buscou o equilíbrio e realizou, com recursos próprios, investimentos, obras de melhorias e revitalização na ordem de R$ 7.192.663,79. Atuação que traz retorno de caixa no curto prazo.
No primeiro semestre de 2019, a Ceasa teve uma arrecadação de R$ 19.342.630,58, o que representa um aumento de 48,16% em relação ao montante arrecadado no mesmo período de 2018.
A Ceasa-DF também focou no controle da inadimplência, que teve redução de 32%, o que significa um maior equilíbrio das contas e maior efetividade na arrecadação.
BSB TIMES