Ex-ministro de Bolsonaro, Carlos Alberto dos Santos Cruz criticou a atuação do ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
Por Rogério Cirino
Santos Cruz, que também é general, acusou Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira de omissão em relação aos eventos ocorridos em 8 de janeiro, que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília. As acusações foram feitas em um artigo publicado no canal MyNews, no último domingo, dia 11.
No artigo, Santos Cruz afirmou que alguns indivíduos covardes e inconsequentes desejavam que o Exército, após um processo eleitoral, tomasse uma decisão política absurda para interromper o funcionamento normal do país. Ele classificou essa tentativa de transferência de responsabilidade como a maior traição já sofrida pelo Exército. Segundo o ex-ministro, a responsabilidade de orientar aqueles que estavam à frente dos quartéis cabia ao presidente e ao ministro da Defesa.
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Santos Cruz também criticou o Ministério da Defesa por não se manifestar e não defender o Exército. Ele ressaltou que o comandante manteve uma postura disciplinada, enquanto o Exército teve que engolir essa situação em nome da disciplina e da institucionalidade. Para o general, o ministro da Defesa deveria ter sido o responsável por defender as Forças Armadas no âmbito político.
O ex-ministro, que ocupou o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro e posteriormente se tornou um crítico ferrenho do ex-presidente, acrescentou que uma “massa de manobra” foi manipulada por “covardes”. Ele destacou que os covardes nunca estão na linha de frente, mas sim escondidos em seus gabinetes, desfrutando de suas imunidades, atuando na internet, em grupos de redes sociais e no anonimato. Santos Cruz concluiu dizendo que os manipulados e os inocentes úteis devem lidar com a Justiça.