O cenário da transmissão esportiva no Brasil segue em transformação, e o Campeonato Baiano de 2025 é um exemplo claro dessa mudança, que não terá exibição na Globo, Record e SBT.
Pelo segundo ano consecutivo, o torneio será exibido exclusivamente pela TVE, emissora pública da Bahia, que transmitirá todas as 51 partidas tanto em seu canal de TV aberta quanto no YouTube, onde já acumula mais de 606 mil inscritos.
A Federação Bahiana de Futebol (FBF) manteve o modelo de 2024, apostando na TV pública para levar os jogos ao público. Essa escolha consolida a TVE como a principal emissora do futebol baiano, garantindo exibição total das partidas, incluindo jogos de Bahia e Vitória.
A parceria também reforça o compromisso da TVE em democratizar o acesso aos jogos, ampliando a audiência em plataformas digitais.
Fórmula de disputa e destaques do campeonato
Com início marcado para 11 de janeiro, o Baiano 2025 contará com 10 equipes que disputam nove rodadas na primeira fase. Destaque para o clássico Ba-Vi, que ocorrerá na sexta rodada, com mando do Bahia e jogo na Arena Fonte Nova. Para o Vitória, que terá seis partidas em Salvador, a expectativa é garantir bom desempenho jogando em casa.
Os cinco melhores times da temporada passada – Vitória, Bahia, Barcelona de Ilhéus, Jequié e Juazeirense – terão cinco mandos de campo, enquanto os outros cinco clubes (Jacobina, Atlético de Alagoinhas, Jacuipense, Colo-Colo e Porto) ficarão com quatro mandos cada.
Nova dinâmica no mercado de transmissões esportivas
O Campeonato Baiano se destaca por ser um dos poucos estaduais de grande porte totalmente transmitido por uma TV pública. Enquanto isso, emissoras tradicionais como Globo, Record e SBT continuam focadas em outras competições regionais e nacionais.
- Globo: Divide os direitos do Cariocão com a Band, além de deter o Gauchão e o Pernambucano.
- Record: Segue como a principal emissora do Paulistão e ampliou sua participação com a transmissão de parte do Brasileirão 2025.
- SBT: Tem optado por se afastar de estaduais e se concentrado em competições como a Libertadores.
Esse movimento reflete o aumento da fragmentação no mercado de transmissões, onde plataformas digitais e emissoras públicas ocupam um espaço crescente, principalmente em campeonatos estaduais.
Escrito por
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]
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