Durante a campanha eleitoral, o ex-presidente Lula criticou o sigilo imposto pelo governo Bolsonaro em relação aos seus atos, prometendo transparência em sua gestão caso fosse eleito novamente.
Por Rogério Cirino
No entanto, recentemente, a coluna revelou que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República havia imposto sigilo na lista de visitantes de Lula no Palácio da Alvorada. Diante dessa revelação, o governo recuou e agora afirma que dará publicidade aos nomes dos visitantes, incluindo aqueles que representam interesses privados junto à administração pública.
De acordo com o GSI, a lista será dividida em três categorias, sendo que a terceira, considerada de caráter estritamente privado, permanecerá sob sigilo por motivos de segurança e proteção da intimidade. Essa mudança de postura do governo teve dois motivos: a posição firme da Controladoria-Geral da União em estipular a publicidade para agendas oficiais e visitantes privados, e o caráter político da questão, já que a imposição do sigilo não repercutiu bem e chegou a ser criticada internamente por pessoas próximas ao presidente.
Embora a mudança vá de encontro ao que Lula defendeu durante a campanha eleitoral, é importante notar que a situação difere daquela em que Lula pôs seus próprios atos sob sigilo, já que nesse caso, o sigilo se restringe a visitas consideradas de caráter estritamente privado e por motivos de segurança. De toda forma, é positivo que o governo tenha recuado e se comprometido com a transparência em suas ações.
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