Justiça anula provas cruciais da Operação Caixa de Pandora

Delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, em imagem de 2016 — Foto: TV Globo/Reprodução

Decisão do STF sobre gravações clandestinas leva à anulação das principais provas contra cúpula política do Distrito Federal

A Justiça Eleitoral anulou as principais provas da Operação Caixa de Pandora, deflagrada em novembro de 2009, que expôs um esquema de corrupção e derrubou a cúpula dos Poderes Executivo e Legislativo do Distrito Federal.
A decisão se baseia no Tema 979 de repercussão geral do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou ilícitas as gravações ambientais clandestinas sem autorização judicial.
O entendimento do STF foi claro: “No processo eleitoral, é ilícita a prova colhida por meio de gravação ambiental clandestina, sem autorização judicial e com violação à privacidade e à intimidade dos interlocutores, ainda que realizada por um dos participantes, sem o conhecimento dos demais”.
A exceção a essa regra se aplica apenas a gravações feitas em locais públicos sem controle de acesso, onde não há expectativa de privacidade.
Com base nessa jurisprudência, o juiz Lizandro Garcia Gomes Filho, da 1ª Zona Eleitoral do DF, declarou ilícitas as gravações feitas pelo delator Durval Barbosa em seu gabinete, onde políticos foram filmados recebendo dinheiro vivo. Essa decisão põe fim a uma das investigações mais impactantes na política do Distrito Federal, invalidando provas essenciais contra os acusados.
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